Curtas da Estante é uma rubrica de divulgação do Deus Me Livro.
Sobre o livro
Eterno contador de histórias, o autor dá vida aos seus primeiros anos: da infância à juventude, dos jornais à política. O testemunho de uma vida única, com a História contemporânea de Portugal como fundo.
Uma quinta no Marão e a escola igual para todos. Os Verões nas praias da Granja e de Lagos. «Melville» e a pesca da lula «ao candeio». Uma casa diferente e alternativa. Marcelo e as lutas estudantis. O pai e o 25 de Abril. A PIDE e as loucuras do PREC. O trabalho no Estado. A liberdade nos jornais e o fascinante mundo da televisão. Soares, Guterres e Sócrates. As paixões pelo jornalismo e pela literatura. As promessas de vida cumpridas e as juras por cumprir…
«Pode um homem viver impunemente começando a sua infância numa aldeia do Marão, comendo cebola crua com sal todas as merendas? Daí saltar para o mundo cinzento e as manhãs submersas da vida salazarenta da Lisboa dos anos sessenta? Acordar na manhã luminosa do 25 de Abril e descobrir que, afinal, éramos todos antifascistas e revolucionários e, logo depois, ir ao encontro do mundo e descobrir-se a si mesmo como uma testemunha privilegiada de tempos incríveis que, não os narrando, teria sepultado para sempre na cinza dos dias inúteis? Declaro que vi. E, por isso, conto. Antes que a água tudo lave e apague.»
Sobre o autor
Miguel Sousa Tavares nasceu no Porto. Depois de se ter licenciado em Direito, exerceu advocacia durante 12 anos, actividade da qual abdicou para se dedicar em exclusivo ao jornalismo, uma paixão que lhe tem valido diversos prémios.
Estreou-se na televisão em 1978, na RTP, onde foi o rosto do programa de entrevistas “Face a Face”, a sua primeira experiência como apresentador. Nos anos 90 ingressa na SIC, canal onde conduziu programas como Crossfire, 20 Anos 20 Nomes e Terça à Noite. Já no final da década transfere-se para a TVI e assina formatos como Em Legítima Defesa e Jornal Nacional, aqui como comentador fixo semanal.
Em 1989, foi um dos fundadores da revista Grande Reportagem, publicação da qual se tornou director no ano seguinte, um cargo que ocuparia durante 10 anos. Para além da experiência enquanto director da revista Sábado, também se destacou na imprensa portuguesa como cronista em publicações como o jornal Público, o jornal desportivo A Bola, a revista feminina Máxima, o jornal online Diário Digital e o semanário Expresso.
Miguel Sousa Tavares tem vários livros publicados, de crónicas a contos, romances, livros de viagem e infanto-juvenis. O primeiro, “Sahara, a República da Areia”, foi editado em 1985. Estreou-se no romance em 2003, com a obra “Equador”, editado em 30 países e adaptado a série televisiva. Destacam-se ainda os seus livros “Rio das Flores”, “No Teu Deserto”, “Madrugada Suja” ou “Cebola Crua com Sal e Broa”.
Editora: Porto Editora
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