Até ao final de 2014 o Grupo BertrandCírculo vai fazer chegar às livrarias mais de cinco dezenas de livros que, por certo, vão fazer as delícias dos leitores das mais variadas temáticas e abordagens.
Ao longo de quase hora e meia de apresentação – e boa disposição -, Francisco José Viegas, Eduardo Boavida e Guilhermina Gomes abriram literalmente o livro e deram a conhecer novidades sobre autores como José Luís Peixoto, Thomas Piketty, Mário Soares, José Viale Moutinho, Daniel Silva, José Rentes de Carvalho ou Sérgio Godinho, que se aventura pela primeira vez no campo da ficção.
A mostra começou com Francisco José Viegas e ficámos a saber que já este mês a Quetzal Editores vai lançar, no campo da literatura e ficção, “Montedor”, o primeiro romance de J. Rentes de Carvalho, “Mustang Branco” de Filipa Martins e o muito esperado “Herzog” de Saul Bellow, uma obra de tom autobiográfico que foi editado pela primeira vez há cinco décadas. No universo da ciência política, “Da Europa de Schumann à Não Europa de Merkel”, do açoriano Eduardo Paz Ferreira, faz um retrato da evolução da Europa das uniões e espírito comunitário.
Para outubro Viegas destacou mais quatro obras, sendo uma delas “Galveias”, a nova aposta literária de José Luís Peixoto. “Vida Dupla” marcará a estreia de Sérgio Godinho na ficção, enquanto “A Mística de Putin”, de Anna Aruntunyan, traça um perfil sem filtro de um dos mais polémicos líderes da atualidade. Também dentro do espetro político, o ex-jornalista Ricardo Saavedra oferece “O Puto”, um livro que levou cerca de três décadas a ser devidamente preparado e que resultou de um inesperado pedido de entrevista por parte do mítico Comandante Paulo a Saavedra.
“O Rei Pálido”, romance inacabado em forma de testemunho emocional de David Foster Wallace, marca a atividade editorial da Quetzal em novembro, que lançará também “Biografia de Marcello Caetano”, título de Luís Menezes Leitão que revelará várias facetas pouco exploradas de uma das mais controversas figuras da história recente de Portugal.
No que toca as chancelas da Bertrand Editora, Eduardo Boavida tem muitas e boas propostas. Este mês vão chegar às livrarias, por exemplo, “O Filho” de Philipp Meyer, um épico que faz uma tangente à história dos Estados Unidos da América e que sucede ao sucesso internacional que foi “Ferrugem Americana”, “Vibração” de Anders de la Motte e “Os Luminares”, um romance de quase novecentas páginas de Eleanor Catton, vencedora do Man Booker Prize de 2013. Em termos da não ficção, o destaque vai para “O Demónio na Cidade Branca”, de Erik Larson, “Como Sentimos” do neurocientista Giovanni Frazzetto, assim como “As Mulheres Contra a Ditadura”, de Cecília Honório. A literatura juvenil está bem representada com “Todos por um Risquinho”, de Alexandre Honrado, livro vencedor do Prémio Cidade de Almada /Maria Rosa Colaço 2013 e que conta com ilustrações de Joana Rita.
Outubro vai fazer chegar “Nigelissima”, com Nigella Lawson a ditar mais de uma centena de receitas simples e rápidas que nasceram da experiência da autora em Florença, assim como “A Retirada dos Dez Mil”, de Aquilino Ribeiro, que resulta da tradução da obra de Xerofonte que tem como epicentro a epopeia dos gregos por terras da Pérsia. Mário de Carvalho é o autor do prefácio. “Sycamore Row”, de John Grisham, fecha o mês de outubro por parte da Bertrand.
No que toca a novembro, esperam-se obras como “Agridoce”, de Collin McCullough, “Dispara que Eu já Estou Morto”, de Julia Navarro, ou “22/11/63”, do mestre Stephen King. Daniel Silva é outras das estrelas deste mês e “O Assalto” resulta de um enorme esforço por parte da Bertrand, pois este título chega com apenas quatro meses de “atraso” face ao lançamento mundial, uma clara vitória do grupo por forma a criar cada vez mais íntima a ligação entre o leitor português e o escritor norte-americano.
No que toca a edições da Pergaminho, Eduardo Boavida destacou a toada mais espiritual de “O Voo do Pássaro”, de Osho, assim como a poesia e meditação de “Bolota“, de Yoko Ono, e a emoção de “Um Milhão de Cartas com Amor”, de Jodi Ann Bickley. Todos estes títulos chegam ao público já este mês. Através da Arte Plural as livrarias vão contar com “Petiscos de Ramsay” e “In the Mix”, um livro com receitas para a Bimby que conta com contributos de chefes internacionais com estrelas Michellin, entre os quais o português Sá Pessoa.
Finalmente Guilhermina Gomes, felicíssima e orgulhosa com os vinte anos da Temas e Debates, apresentou alguns dos seus mais queridos “afectos”. Depois de falar da publicação dos últimos três tomos da Obra Completa de Padre António Vieira, destacou “A Insurreição de Jesus”, de Frei Bento Domingues, que vai ver a luz do dia já em setembro, que será também o mês de lançamento de “A Tragédia da União Europeia”, de George Soros, e “Arte na Cidade”, de Mário Caeiro.
Em outubro são editados “O Capital no século XXI”, do economista Thomas Piketty – obra apelidada como a melhor da atualidade no que toca ao espetro da economia -, assim como “A República dos Sonhos”, da brasileira Nelida Piñon, bem como o polémico “Bom dia, Sr. Mandela”, de Zelda de la Grange, que trabalhou como assistente de um dos mais emblemáticos africanos da história da humanidade.
Mário Soares é um dos grandes nomes do catálogo da Temas e Debates em novembro: “Cartas e Intervenções Políticas do Exílio” apresenta textos do carismático líder do PS escritos antes de 1974. “O Passageiro Clandestino”, um ensaio de Leonor Xavier, é outro dos destaques. Outro motivo de orgulho foi o anúncio de uma nova coleção dedicada à literatura tradicional portuguesa, a ser editada pelo Círculo de Leitores da autoria de José Viale Moutinho.
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