“C’è chi dice che la vita di tutti è soltanto un sogno”
Nome: Dylan Dog.
Ocupação: Detective do oculto, área à qual se dedicou ao abandonar uma carreira na Scotland Yard, onde trabalhava sob as ordens do inspector Bloch. Vive em Londres.
Características: Além da sua perspicácia, essencial para qualquer bom detective, Dylan Dog destaca-se por ser um fervoroso romântico, envolvendo-se constantemente com mulheres que conhece durante os casos que investiga. É possuidor de várias fobias, tendo medo de espaços fechados, aranhas, morcegos e alturas. Dog recusa-se a andar de avião e sempre que tem de sair de Londres recorre a qualquer outro meio de transporte, desde que o mantenha em terra ou água. É vegetariano, não bebe álcool (por ser alcoólico) e é um grande amante das artes, em particular da literatura, da música e do cinema. Não acredita em coincidências e está sempre com falta de dinheiro.
Criação: Foi criado por Tiziano Sclavi e publicado pela primeira vez em Outubro de 1986, com a história “L’alba dei morti viventi”, a qual contou com ilustrações de Angelo Stano. Apesar da criação desta personagem ser da autoria de Sclavi, Claudio Villa também teve um papel preponderante na sua imagem visual, uma vez que foi o desenhador responsável pelas primeiras capas da série (desenhou-as até à #41). “Dylan Dog” continua a ser publicado, nos dias de hoje, por outros autores, contando já com 300 números. Apesar desta série ser italiana, as aventuras decorrem maioritariamente em Londres.
Companheiros: São vários os detectives de renome que contam com um fiel ajudante e Dylan Dog não é excepção. Groucho era um imitador de Groucho Marx que, devido a um qualquer problema de memória, assimilou de forma permanente a personalidade que imitava, assumindo o lado cómico desta dupla (ou assim ele nos quer fazer crer). O já mencionado inspector Bloch também mantém uma presença regular nestas aventuras, trabalhando em vários casos com Dog, mas privilegiando o lado da razão ao do sobrenatural.
Habilidades Especiais: O seu lado poético e sedutor é fatal para quase todas as mulheres. No fundo, existem poucos homens no mundo da BD que o consigam equiparar em charme (o Corto Maltese é um deles). Além disso é um apaixonado pelo clarinete, apesar de apenas saber tocar a “Devil’s Trill”, e também pela construção de modelos de navios.
Utensílios: Dylan Dog não tem nenhum utensílio em particular, e nem sequer é um grande adepto das novas tecnologias, desprezando o telemóvel, por exemplo. Porém, é de salientar que usa sempre a mesma roupa, faça sol ou faça chuva. Aliás, Dog despreza por completo os guarda-chuvas.
Principais vilões: Outra coisa que não pode faltar a um detective deste calibre é um arqui-inimigo, que neste caso tem o nome de Dr. Xabaras.
Interesses Amorosos: Sempre e tantas. Aparentemente a personagem sente-se atraída por mulheres que evocam Morgana, a sua mãe, algo que os psicólogos facilmente irão justificar. De resto, vale a pena salientar o nome de Lillie Connolly, porque foi casada com ele e, de certa forma, foi a responsável pela sua escolha de guarda-roupa permanente.
Influências: Quando Claudio Villa criou a imagem de Dylan Dog inspirou-se no actor Rupert Everett. No que toca às aventuras, notam-se algumas influências do cinema de terror italiano, especialmente dos Giallo, popularizados por Mario Bava e Dario Argento, que unem o mistério e o horror.
Curiosidades: Em relação ao seu nome, Dylan vem do poeta Dylan Thomas, e Dog do romance “Dog figlio di”, de Mickey Spillane. Umberto Eco já manifestou publicamente a sua adoração por esta personagem.
Adaptações: Em 1994, Michele Soavi trouxe-nos o fantástico “Dellamorte Dellamore”, um filme cujo guião é baseado em “Dylan Dog”. Até o protagonista contratado foi o actor Rupert Everett, o mesmo que inspirou a criação da personagem. Não se tratando de uma adaptação oficial (o nome Dylan Dog nunca é mencionado sequer), continua a ser o filme mais interessante que, de alguma forma, está relacionado com Dylan Dog. Em 2010, Kevin Monroe trouxe-nos a adaptação norte-americana (e oficial) com “Dylan Dog: Dead of Night”, um filme que passou quase ou completamente despercebido.
Onde começar a ler: A primeiro questão a colocar aqui deverá ser em que língua ler “Dylan Dog, pois estas aventuras não estão editadas em Portugal. Para quem tem dificuldades com o italiano, outras opções são as edições em inglês da Dark Horse ou as brasileiras da Record, Globo, Conrad ou Mythos. Depois desta decisão é ler aqueles que conseguirem encontrar, uma vez que não será fácil levar isto por ordem. De qualquer das formas, estas aventuras são auto-conclusivas, por isso o leitor não terá dificuldades em entrar neste Universo. Fica apenas a sugestão de começarem por ler as histórias da autoria de Tiziano Sclavi.
2 Commentários
Para quem não gosta de ler em brasileiro, há ainda o espanhol (em edição neste momento), e o alemão – em ambas estas línguas são já várias dezenas de números editados, com boa qualidade.
Sim, há mais opções, o importante é que leiam e conheçam esta personagem.
É pena que muito material do Brasil não chegue cá e creio que vice-versa. Mesmo em BD quando chegam a distribuição é fraca e torna-os produtos de difícil acesso. Penso que isso está a melhorar, mas lentamente.
A “Casa da BD” em Lisboa é que tem muito material em português do brasil, será talvez o local ideal para procurar livros de BD nesta língua.