Depois do anúncio da integração no grupo da Porto Editora, o regresso da Livros do Brasil às edições nacionais fez-se com grande pompa e muito estilo, com o lançamento simultâneo de nove livros da épica colecção Dois Mundos. O novo grafismo, ainda que respire alguma modernidade reforçada por um novo tipo de encadernação, manteve o espírito visual e o uso de ilustrações da chancela fundada há já sete décadas.
Chegam assim às livrarias nove obras (oito em reedição) que marcaram a literatura universal em vários dos seus momentos: “As vinhas da ira”, “A pérola” e “O inverno do nosso descontentamento”, de John Steinbeck; “O adeus às armas”, “Paris é uma festa” e “Na outra margem”, de Ernest Hemingway; “A condição Humana”, de André Malraux; “Mrs Dalloway”, de Virginia Wolf; e “Música para camaleões”, de Truman Capote, este último o primeiro livro do autor norte-americano a integrar o longo catálogo da editora, com nova tradução de Paulo Faria.
Fundada em 1944 em modo de serviço público com o objectivo de divulgar as grandes obras de literatura clássica e contemporânea brasileira, bem como de celebrados autores da literatura universal, a Livros do Brasil tornou-se, com o decorrer dos anos, numa das mais importantes editoras nacionais.
Do seu catálogo extenso fizeram parte diversos estilos e géneros literários, do qual se destacam a Vampiro, uma das mais míticas colecções policiais publicadas em Portugal – que lançou mais de 680 títulos – e a colecção de obras do mestre Eça de Queirós. Tempo agora para as novas e velhas gerações (re)descobrirem os clássicos.
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