São quatro as histórias que compõem “O Renascer das Cinzas” (Goody, 2017), o número 2 da segunda série dos X-Men, que desta vez terá 14 números e se irá estender ao longo de boa parte do calendário de 2018.
Em “Mundo Estranho” – parte 2 – e sob a liderança de Jean Grey, os X-Men derrotaram os criminosos mutantes Black Tom Cassidy e Fanático, mas nem isso serviu para acalmar a fricção entre os elementos da equipa, que ainda assim parece estar longe da eclosão. O grupo de mutantes vive agora na Ilha Nação de Madripoor, onde têm como novo e improvável mentor…Magneto! Sim, aquele arqui-inimigo de sempre que acha que os mutantes estariam bem melhor no mundo sem humanos. Para mostrar que veio em paz, Magneto deixa que Jean Grey lhe leia a mente e, apesar de parecer que de alguma forma se conseguiu converter, existem “pensamentos postos de lado, enterrados, escondidos“.
“Regresso às Origens” – parte 2 – vê os X-Men Gold de volta à acção pelo esforço de Kitty Pride. O Instituto Xavier está agora instalado em pleno Central Park, Nova Iorque, e os X-Men são apanhados de surpresa pela Nova Irmandade de Mutantes quando respondem a uma chamada de emergência na sede da ONU.
O terrorismo mutante é uma realidade, com a morte de três guarda-costas e de um detective da Polícia e o rapto do Presidente da Câmara. Lydia Nance, a directora de uma iniciativa conhecida como Herança Genética, defende a deportação de mutantes, uma outra forma de falar de – palavras de Rachel – “racismo patrocinado pelo Estado“. A juntar a isto temos dois X-Men desaparecidos, mas um deles, o Velho Logan – em tempos conhecido como Wolverine – está mais do que pronto para partir a louça toda.
A história mais divertida e fora do baralho é a parte 1 de “O Futuro Sou Eu”, série dedicada a Jean Grey, que foi arrancada ao seu passado com os quatro estudantes originais de Charles Xavier. Grey que, por estes dias, é basicamente uma pita, que nesta projecção para o futuro não tem ainda a força fénix, está a milhas de se transformar na fénix negra e não conta com a destruição de um planeta no seu CV. Porém, quando em Kyoto tem de deixar o Ramen da lado para tratar do Gangue da Demolição – ou para os atrasar até à chegada da restante equipa -, começa a duvidar da acalmia da linha temporal.
O volume encerra com a parte 2 de “Furioso”, que ocupa praticamente metade do livro, onde O Velho Logan regressa de um futuro para tentar caçar os vilões que, dali a alguns anos, irão acabar com o mundo – e também para impedir que nasça o Gangue do Hulk, descendentes de maus modos do monstro verde que assassinaram a família de Logan.
Da sua lista de compras está já riscado o nome de Butcher, mas faltam ainda Mysterio, Banner – o Hulk – e o Caveira Vermelha. Nesta missão complicada, o Velho Logan irá contar com a inesperada ajuda de Kate Bishop, um Capitão Arqueiro em versão extra-curvas, acabando por ser levado a uma introspecção e a um mantra provavelmente temporário: “Hoje sabe bem com’ó caraças estar vivo“. Mesmo em plena terceira idade, Logan está aí para as curvas.
Inclui:
X-Men: Blue (2017) #2 – Por Cullen Bunn, Jorge Molina e Matt Milla;
X-Men: Gold (2017) #2 – Por Marc Guggenheim, Adrian Syaf e Jay Leisten;
Jean Grey (2017) #1 – Por Dennis Hopeless, Victor Ibáñez e Jay David Ramos;
Old Man Logan (2016) #2-4 – Por Jeff Lemire e Andrea Sorrentino.
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