Truz-Truz. Truz-Truz, quem é?!, é o que usualmente dizemos quando se entra no jogo duplo de bater a uma porta, brincadeira que serve a “Truz-Truz” (Minotauro, 2018) para nos abrir a porta a uma lengalenga que vai dando a conhecer quem bate à vez, seja “a menina pequenina que tem uma meia rota no pé”, ” a gata da vizinha” ou “a Alice e o Miguel que me trazem o seu bebé”.
Comecemos pela capa. Em forma de porta, convida-nos a entrar para conhecer todos os personagens. A contracapa recorda-nos que já entrámos no jogo e que estamos prontos para responder a esta adivinha -Truz, Truz, quem é? -, cheia de humor, de vida e de personagens que habitam perto de nós e que todos conhecemos. Ambas, capa e a contracapa, ajudam a localizar-nos no espaço exterior ou interior.
As guardas assumem um significado próprio, apresentando um antes e um depois, um prefácio e um epílogo. Assim, começamos por conhecer esboços das personagens que batem à porta, acabando depois por ter uma personagem de “corpo inteiro”.
Após a apresentação das personagens retomamos o início da lengalenga, com cada um dos visitantes da casa que a todos acolhe, ficando a saber que a meia da menina foi cozida “com uma linha bem fininha”, que a gata perdida voltou à casa da “rabugenta da vizinha”, que o bebé adormeceu com “uma linda cantilena”, e que todos os outros encontraram soluções felizes para os seus problemas.
Na porta de entrada de Truz, Truz somos informados de que a história é contada por Natalina Cóias e pintada, cortada e colada por Paulo Galindo, dando asas à imaginação.
Natalina Cóias nasceu “às 20:00 h, precisamente à hora de jantar do dia 17 de Julho de 1972, na quente cidade de Elvas”. O seu sonho era ser Educadora de Infância, o qual foi realizado.
Paulo Galindro “nasceu completamente careca, nesse dia maravilhoso que foi 11 de Julho de 1970”. Licenciou-se em Arquitectura. Ilustrou vários livros, feitos em parceria com alguns dos mais importantes escritores nacionais e internacionais, como Luís Sepúlveda, António Mota, David Machado, entre outros. A sua obra foi premiada varias vezes. Diz-nos que se enamorou “de uma linda menina chamada Natalina (Cóias) com quem se casou e pintou o João e o Miguel, e também um passarinho chamado Pintarriscos que os inspirou, entre outras coisas, a transformar paredes em livros gigantes. Pintou um monte de livros, leu uma montanha de livros”.
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