Verde, preto, branco e laranja. É à volta deste quadrado cromático que Yara Kono dá cor e forma a “Travalengas a Dobrar” (Booksmile, 2016), livro que vem acrescentar mais trava-línguas e lengalengas ao anterior “Travalengas“.
Mostrando que as palavras e a língua são um território privilegiado para a diversão e a brincadeira, José Dias Pires faz entrar em cena uma minhoca que queria fazer uma soneca e acordou estremunhada com a rega automática, uma osga tão pitosga que teve de consultar o oculista morcego lá da rua (e que percebe que o problema, afinal, terá origem no calçado), uma cigarra que enrouqueceu sem ninguém perceber como ou um gafanhoto canhoto que só consegue saltar com o pé direito.
Um livro muito divertido que, por entre palavras engraçadas, letras engasgadas e rimas viageiras, mostra aos mais pequenos, para lá do humor, a música que se esconde dentro das palavras e que permite à imaginação compor verdadeiras sinfonias.
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