Continuam a correr litrosas de sangue na nova versão ghouliana de Sui Ishida, que fez tunning a uma espécie que, já de si, fazia dos vampiros do Crepúsculo uns meninos do coro.
Para quem ainda não conhece a história, os ghouls são uns vampiros bem disfarçados, que se misturam na multidão e se alimentam de carne humana, não dizendo que não a uma bem tirada chávena de café. A caça está entregue à CAG – Comissão Anti Ghoul -, a única agência governamental com estaleca para tanto, e que recentemente teve um acrescento nos kits de armamento: os Quinx, seres humanos nos quais foram integradas as Kuinkes, as únicas armas capazes de matar ghouls, feitas a partir das kagunes – os orgãos predadores dos ghouls.
Neste “Tokyo Ghoul : re 3” (Devir, 2020), continuamos a seguir a Operação Leilão, que resulta num banho de sangue capaz de alimentar muito boa transfusão. Toru Mursuki, investigador da CAG, tenta escapar a uma morte quase certa com a ajuda de Urie Kuki, ex-líder da Quinx, que nada mais faz do que pensar na sua promoção, não cedendo a qualquer pontada de altruísmo.
Foco também em Kisho Arima, que aos 16 anos mostrava já ser um prodígio: “É como o génio violinista Heifetz, que parecia atormentar os violinistas da altura. Desde que Kisho Arima apareceu, os inspectores ficaram com inveja”.
E o que dizer da Quebra-Nozes, uma ghoul com uma kagune híbrida e um “corpo erótico e nojento”, como alguém descreve a certa altura. Não faltam palhaços para animar este circo sangrento, um grupo muito misterioso que prefere o individualismo a cooperar em grupo.
Para o final está guardado um capítulo extra intitulado “Joker”, onde o inspector de classe superior Juzo Suzuya, que possui uma perna artificial onde guarda a faca com que luta, entra em acção, com tiradas de ponta como esta: “Não mostres o teu rabo ao inimigo”. Sentem-se bem sentados e protejam com unhas e dentes esses rabos: os ghouls andam aí.
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