“Tudo começou quando, no meio de uma tempestade, drakkar em luta contra as ondas gigantes vê uma estranha luz e encontra uma embarcação misteriosa com um bebé. O chefe viking Leif Haraldson adopta a criança, e chama-lhe Thorgal Aegirsson, pensando tratar-se do filho de Aegir, o Deus dos Mares, e enviado por Thor, o Deus Trovão. Thorgal é, na realidade, o último descendente do «povo das estrelas», uma civilização tecnologicamente avançada, que, depois de esgotar os últimos recursos do seu planeta, enviou uma expedição à terra. Infelizmente, um erro de aterragem vitimou todos os seus membros, excepto o bebé que, tendo conseguido escapar numa cápsula, acaba por ser recolhido pelos vikings. O desenrolar da série vai-nos revelar um formidável guerreiro que apenas aspira a uma vida tranquila ao lado da esposa Aaricia, e dos filhos Jolan (que possui poderes de modificação da matéria) e Loba (com o dom de poder comunicar com os animais).”
Série criada pelo argumentista Jean Van Hamme e o desenhador Grzegorz Rosinski – o primeiro número foi publicado no ano de 1977 -, Thorgal ganha agora um novo fôlego através do olhar de F. Vignaux e Yann. Até ao momento, foram dois os álbuns publicados com o selo da editora A Seita, ambos no formato franco-belga e mantendo viva a sensação de magia e o embalo mitológico: “O Eremita de Skellingar” (A Seita, 2021) e “A Selkie” (A Seita, 2022).
“O Eremita de Skellingar” chega a Portugal dez anos depois da edição do último álbum de Thorgal no nosso país. Ao contrário de retomar o ponto de paragem, A Seita optou por publicar o primeiro álbum desenhado por Vignaux para a série principal, o segundo que contou com argumento de Yann, e que foi originalmente publicado a 8 de Novembro de 2019 – e que, para a história, ficou registado como o 37.º volume da série, dando início ao Cycle des nouveaux horizons.
Neste volume, uma mulher chega junto de Thorgal em busca de vingança. Porém, quando o ouve falar de mortes por amnésia ou controlo de mentes, exige-lhe o pagamento através de uma dívida de sangue. A missão será matar Jarl Ivarr-o-Chacal, líder dos discípulos de Yngvi, do Belo Pássaro Azul. O que não vai ser fácil, uma vez que Thorgal irá mergulhar num culto de onde ninguém antes regressou, obrigado a fazer a peregrinação a Shellingar – que envolve um impossível escalar de montanha e o empurrar de uma pedra que mais parece um meteorito gigante.
Em “A Selkie”, Thorgal será confrontado com o rapto da sua filha, levada para uma ilha selvagem do Arquipélago de Faroé. Um lugar assombrado pela maldição ancestral de Kopakanan, mais conhecida por Selkie, uma criatura que parece controlar toda a ilha. Uma maldição que aqui nos surge revelada depois de uma prisão, muito álcool e muitas – mesmo muitas – focas mortas. Ambos os volumes contêm algumas páginas de extras, com capas exclusivas, esboços e estudos de personagens ou a evolução de algumas das pranchas.
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