E eis que, ao quarto volume, Kieron Gillen, Jamie McKelvie e Matthew Wilson fecham o primeiro arco de The Wicked + The Divine em grande estilo e com muito glitter. Reunindo os números 18 a 22 deste comic original, “Escalada” (G. Floy, 2019) promove o regresso inesperado de Laura que, no volume anterior, parecia ter ido desta para melhor pelo estalar de dedos de Ananke – a deusa imortal do destino, guia e guarda do Panteão, que decidiu juntar ao pacote também a morte dos pais de Laura.
A boa nova é que Laura é, na verdade, Perséfone, uma décima-terceira divindade, estando de regresso para lançar a loucura no Panteão com um comeback anunciado de forma bastante original: com um concerto numa sala em Londres.
É tempo agora de ajustar contas, com o Panteão dividido praticamente ao meio: de um lado está Ananke, com um gangue que parece ter sido sacado à moderna adaptação de Tron; do outro, Perséfone e uma série de aliados mais ou menos improváveis. No meio encontra-se Minerva, uma jovem que parece ter o destino de deuses e humanos nas suas mãos (mesmo que a dormir).
O aparato visual permanece um regalo para a vista, quase como se conseguisse soltar notas musicais, num volume onde continua em alta o humor corrosivo com referências a Star Wars, Senhor dos Anéis, super-heróis da Marvel ou da DC e mimos como este: “Deixa essa merda de Hogwarts para trás!”.
Para o final fica reservado algum material extra, composto por capas diversas e uma comparação entre várias fases de determinadas pranchas: argumento, desenho e cores planas e colorização final.
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