Continua a ser um festim acompanhar o mangá The Promised Neverland, série que conta com argumento de Kaiu Shirai e desenhos de Posuka Demizu, e que chega às livrarias nacionais com o selo da Devir. Uma série que está algures entre uma história de vampiros, um conto de terror, um filme B de ficção científica e uma visita aos estúdios de The Truman Show, ficando o protagonismo entregue a catraios que ainda não atingiram as 12 primaveras.
“Desfecho” (Devir, 2022), o volume 11, chega na ressaca do combate onde Emma, juntamente com os seus novos aliados, levaram a melhor sobre os demónios de Goldy Pond. Todos menos Leuvis, o mais poderoso do gangue – aquele boss final que encontramos, habitualmente, no final dos níveis dos jogos de porrada -, que parece sobreviver a todas as tácticas da pequenada. A solução parece estar num ataque concertado, onde primeiro se fará pontaria à máscara (e depois logo se verá).
Para Leuvis, mesmo quando a coisa parece estar nas ruas da amargura, tudo não parece passar de uma brincadeira. “Tal como nas manhãs da juventude, em que acordava ressacado depois de beber demasiado”. Para a decidida Emma, a fuga não é opção: “Se fugirmos agora, voltamos a escolher sacrificar alguém para sobrevivermos”. Há ainda, pelo caminho, uma ida ao além e a entrada em cena de uma arma secreta.
Quanto a “Som do Começo” (Devir, 2022), o 12º volume, centra-se na próxima tarefa da pequenada: descobir onde se encontram as Sete Muralhas, que poderão desempenhar um papel muito importante na tão ansiada liberdade. Nesta altura, uma família de 63 vive no abrigo B06-32, onde cada manhã começa ao som de panelas.
Apesar dos perigos, a intrépida Emma e amigos não desistem de entrar em contacto com Os Apoiantes, agora que passaram 15 anos desde a gravação deixada para a posteridade por W. Minerva. O contacto acaba por acontecer uma semana depois e com sabor a twist: “O inimigo é Peter Ratri. O irmão mais novo do Minerva e líder do clã Ratri”.
Enquanto uns vão em busca das Sete Muralhas, outros terão de defender o Abrigo de uma invasão, num combate desigual que reserva algumas lições na arte da fuga e um final que nos deixa a sonhar com o volume 13 desta prometida terra do nunca.
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