Não está fácil a vida para os Lycans, que se tornaram ameaças a eliminar. Depois dos acontecimentos do segundo volume de Stray Dog, até o Vaticano “é presentemente favorável a uma política de depuração das colónias de demónios que infestam a nossa cidade” – neste caso, Ishtar.
Na Bird, espécie de polícia tecnológica que controla e regista o mundo dos demónios, Toru vai mantendo a sua forma animal, muito perto de atingir o ponto de não retorno ao lado humano. A esperança é a de que Aki, a sua “dona”, possa convencê-lo a baixar as defesas, de modo a poderem trocar os muitos selos que deixam o seu lado monstruoso e humano em equilíbrio.
Neste terceiro volume, Toru e Tarot forjam uma improvável aliança, tudo para dar caça a este Alfa raro, que domina e, aparentemente, será o sucessor de Kirah, ostentando o título de chefe do clã dos Lycans Vermelhos. O problema é que Toru diz ter-lhe tratado da saúde oito anos atrás, por isso de onde saiu esta criatura que, ao contrário de perverter os matadores de pesadelos, os absorve? “Em resumo, este miúdo encontrou um meio de se tornar o chefe de um exército de espíritos malignos, que pode manipular à sua vontade”.
Esta é, de entre as muitas séries mangá disponíveis nas livrarias, uma das que mais paleio técnico apresenta, para além de características muito específicas entre Lycans e Alfas, o que exige uma atenção redobrada da parte do leitor – um pouco como na série Mistborn, de Brandon Sanderson, publicada em Portugal pela Saída de Emergência. VanRah continua a alternar os desenhos entre o lado adulto e o infantil e mais abonecado – no melhor dos sentidos -, este último surgindo normalmente quando as discussões sobem de tom. Há ainda, a meio, um diário escrito pelo punho de Aki, que oferece um resumo da história com muito humor pelo meio. Para o final, fica já posto o tabuleiro para a próxima partida: “Se fosse a ti… começava a correr”.
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