Os últimos anos têm sido um verdadeiro festim para os amantes dessa criação chamada Star Wars. Depois da reactivação no grande ecrã, que este ano ainda nos irá oferecer “Os Últimos Jedi”, a editora Planeta tem feito chegar às livrarias todo o tipo de livros relacionados com a saga. Na área da banda desenhada, após o clássico “A Trilogia de Thrawn“, está agora disponível “A Trilogia do Império Negro” (Planeta, 2017), um mergulho da prancha de dez metros no lado negro da força.
“Quando a ordem social desmorona… Até uma ordem social injusta… Os saqueadores e os ladrões mostram-se à altura dos acontecimentos“.
Passaram-se seis anos desde a queda do Império e do Regresso de Jedi mas, na galáxia, agrava-se a batalha pela liberdade. O Imperador e as máquinas conhecidas como devastadores estão a destruir todos os planetas aliados, numa acção que o almirante Ackbar considera pior do que a própria Estrela da Morte. Também Lando não tem dúvidas sobre este momento difícil: “As coisas não eram tão más para a Aliança desde que o Vader era vivo“.
Luke é raptado e conduzido ao planeta Byss, “no coração do núcleo galáctico… Um mundo envolto no poder do lado negro“. De modo a enfrentar o Imperador, Luke terá de correr o risco de seguir as pisadas do pai, juntando-se ao lado negro de modo a aprender todos os seus segredos.
Quanto a Han Solo embarca em mais uma missão com carimbo suicida, decidindo parar em Nal Hutta, o mundo de Jabba. É lá que se encontra Nar Shaddra, o centro de actividades de contrabando da galáxia, mas também uma antiga namorada de Solo – como um marinheiro à antiga, Solo parecia ter deixado uma namorada em cada planeta.
Outro clássico está reservado para R2, que uma vez mais guarda dentro de si a solução para o problema. Desta vez não temos uma mensagem de Leia, antes o que poderá ser a solução para acabar com os devastadores.
Palpatine está frágil mas longe de estar morto, à procura de um corpo jovem para alcançar a imortalidade, contando para isso com a ajuda do Holocron, um artefacto de aprendizagem Jedi.
A sombra de Yoda está sempre presente – “Não tentes. Faz ou não… Não existem tentativas” -, mas não faltam surpresas neste volume como a chegada de Kam Solusar – um cavaleiro Jedi -, a gravidez de Leia, um Luke apaixonado ou – outro clássico – o aparecimento de um poderoso canhão galáctico.
As ilustrações são esbatidas e apostam em cores predominantes, com ar de pinturas vintage onde as tintas parecem ter sido misturadas num banho psicotrópico. E, se “A Trilogia de Thrawn” foi uma viagem filosófica à volta do universo Jedi, esta “Trilogia do Império Negro” estará mais perto do binómio acção/humor da saga, como são disso exemplo estas palavras do inimitável 3-PO: “Sim, R2, é um momento muito emotivo…O meu módulo de empatia de protocolo começa a sobreaquecer“.
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