“Com a azáfama do Império, as oportunidades para o crime são intermináveis.”
As palavras são de Marjorie Liu, autora da recomendadíssima série “Monstress” – com edição portuguesa pela Saída de Emergência -, no lançamento de “Star Wars: Han Solo” (Planeta, 2018), onde o humorista de serviço da saga Star Wars recua um passo na causa rebelde para fazer aquilo que lhe está no sangue: o contrabando.
“Chewie diz que estou acagaçado. Digo-lhe que estou a ser cauteloso.” A verdade é que Solo vai recusando trabalho atrás de trabalho, basicamente tudo aquilo que o deixa nervoso ou simplesmente nele desperta o sentido de ladrão calejado. E nem mesmo um pedido de ajuda vindo de Leia parece destorcer o seu nariz, até que a mágica palavra “recompensa” é proferida.
Negando o empréstimo da Falcon, terá de ser Solo a assumir as despesas de uma missão que tem tudo para correr mal, mesmo que o seu crédito junto do General Aiden Cracken esteja para lá do mal parado: “Pelo que a Princesa me contou, és desmazelado, desonesto, e não estou convencido da tua inteligência”.
O cenário é mas ou menos este: os informantes da Rebelião estão a ser assassinados e, de momento, apenas três estão vivos, todos eles afirmando ter informações importantes. O problema é que, para Solo descobrir qual deles será o espião, terá de entrar na Corrida do Dragão Vazio, uma das mais famosas e perigosas da galáxia, que atravessa três diferentes planetas. O plano será recuperar a informação durante os períodos de abastecimento da corrida, escapando ao que sobre ela dizem: “A corrida é a devoradora dos loucos e dos caloiros”. E, apesar de ter, segundo Leia, um “arrogante cérebro de laser”, Solo irá novamente fazer a coisa certa quando chegar o momento, mostrando ter um coração feito de manteiga.
Seguindo a caracterização das personagens criadas por master Lucas no grande ecrã, “Star Wars: Han Solo” segue a linha dos comics Star Wars com a assinatura Marvel, e não irá desiludir os apaixonados pela série. Afinal, Solo is the man.
Sem Comentários