E vai uma dúzia, apetece dizer. “Spy Family 12” (Devir, 2024) assinala o marco da caixa de ovos, e fá-lo em grande estilo, num volume que chega na ressaca do sequestro do autocarro escolar, no qual Anya esteve envolvida e de onde saiu carregada em ombros. A pequena telepata é agora, para os alunos, Mestre Anya, a que a própria junta O Brilho Estelar para conferir ainda mais estilo. Quem não está nada contente é Damian, que tenta recuperar a popularidade lançando uma série de fake news: “Foi apenas uma plebeia faminta a choraamingar e a lamentar-se”. A guerra do mais forte continua ao rubro.
Quem ainda não recuperou do susto foi Thomas Austin, o tutor da Casa Cecil, com uma carreira de 30 anos no Magistério, que acaba por ter de recorrer ao psicólogo – o nosso Loid Forger, pois claro. A verdade é que o tutor tem mais medo da mulher do que dos terroristas, o que não é de admirar quando se ouvem bocas destas no conforto do lar: “Aproveita que vais lavar as tuas roupas e coloca o teu cérebro também, sim?”. Para com os seus botões, Forger vai dizendo para si próprio: “Casais comuns. Dão tanto trabalho”.
Por falar em casais e relações, Yor descobre no seu clube feminino laboral que não é comum não ter queixas dos namorados ou maridos – “Todos ficam «assassinos» quando começam a namorar ou se casam?”, interroga-se -, tendo de construir um cenário onde Loid é tipo para lhe fazer a vida negra.
Mas nem só de personagens principais se faz a história deste 12º volume, onde temos uma encarregada da Divisão Ocidental de Inteligência Sherwood pouco dada à limpeza, Yuri no meio de um arrufo conjugal, uma competição canina para decidir quem terá as melhores missões de espionagem ou o desenrolar de uma obsessão, de alguém que não desiste de ter Loid Forger como marido. Uma guerra de espiões ao nível do MI6 para seguir nos próximos volumes.
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