“Alguma vez te interrogaste porque dormimos?”. Uma pergunta que, a certa altura, terá de certeza passado pela cabeça de qualquer amigo da sesta, miúdo ou graúdo. “Sono Animal” (Kalandraka, 2023) responde a esta e a outras questões, começando por mostrar o muito tempo que passamos de olhos fechados – aos 50 anos, teremos dormido cerca de 17! – e as funções que o sono desempenha. E como será no caso dos animais? A resposta é das boas: “Um sono cheio de suspense, surpresas e estranhezas. Um sono animal”.
Conhecemos, nesta mini-enciclopédia ilustrada do sono, as várias formas de dormir, que no caso dos animais são mais do que apenas de costas, da barriga para baixo ou de lado: a meias, caso do sono hemisférico, comum em mamíferos marinhos e aves; em grupo, como forma de sentir calor ou servir de defesa (seja em tocas, à superfície ou de cabeça para baixo); de forma vertical, com vista a manter a temperatura corporal ou dar de fuga em caso de perigo iminente; à luz do sol, um costume de animais bons na camuflagem e mais noctívagos – sem que isso implique idas à discoteca; sazonal, que é como decidir cair num sono profundo até que as coisas melhorem por si só; descanso floral, que implica flores, folhas, ramos e algum pólen; debaixo de água, sem pálpebras e de olhos sempre abertos para o mundo; e, por último, num ninho, que estranhamente envolve os nossos primos primatas.
Para cada animal, indica-se o nome comum, o nome técnico e serve-se um pequeno texto sobre a sua relação muito própria com o sono, na companhia de uma bela ilustração. Para o final, ficam guardadas algumas fichas mais técnicas, com sombras coloridas dos animais e uma descrição do seu habitat. Durmam bem.
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