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SBSR 2024: 21 selvagens, um tipo meio zangado e muito café preto nas areias do Meco

Por Deus Me Livro · Em 08/03/2024

Virada a página de um novo ano, e agora que o sol já vai espreitando mais vezes, começam-se a contar os dias para os festivais de Verão. Para as areias movediças – no melhor dos sentidos – do Meco, o Super Bock Super Rock anunciou mais alguns nomes para os dias 18, 19 e 20 de Julho. Ficam as apresentações.

19 Julho | Palco Super Bock

Dias depois da edição do novo álbum “American Dream”, banda sonora do filme sobre a sua vida que conta no elenco com Donald Glover (Childish Gambino), Caleb McLaughlin (Stranger Things) e ele próprio, Savage 21 foi confirmado como cabeça de cartaz do 28º Super Bock Super Rock.

21 Savage é hoje um dos nomes mais relevantes da cultura hip-hop mundial. Shéyaa Bin Abraham-Joseph nasceu em Plaistow, Londres, no ano de 1992. Mudou-se para Atlanta, Geórgia, ainda em criança, e isso acabou por ser decisivo na sua formação enquanto cidadão e artista. Como imigrante, cresceu em bairros desfavorecidos e toda essa experiência fez com que formasse uma forte consciência social, sempre presente nos seus trabalhos. Começou a dar nas vistas graças a mixtapes como “Savage Mode”, em colaboração com o produtor Metro Boomin. Mas o reconhecimento definitivo apareceu com o disco “Issa Album”, editado em 2017. Nessa altura, atingiu um público mais vasto, graças ao sucesso de temas tão fortes como “Bank Account”. Desde aí, nunca mais parou de surpreender e de conquistar fãs, já rendidos a um estilo marcado por letras cruas, batidas de trap envolventes e uma presença vocal forte e distintiva.

O segundo disco, “I Am > I Was”, editado em 2018, mostrou um rapper cada mais vez mais maduro. Temas como “A Lot”, com J. Cole, vencedor do Grammy de 2022 para ‘Best Rap Song’, “Bank Account”, “Monster” ou “All My Friends”, com Post Malone, fizeram com que o disco se tornasse um sucesso junto do público e da crítica. Além do hip-hop, 21 Savage também é conhecido pelo seu activismo. Fundou a campanha “21 Savage Bank Account Campaign”, voltada para a educação financeira, proporcionando também bolsas de estudo para os mais jovens.

Mais recentemente, em 2022, editou “Her Loss”, com Drake. Este encontro entre duas das maiores estrelas do hip-hop resultou em singles como “Rich Flex” ou “Circo Loco”. O ano de 2024 começou da melhor forma para 21 Savage, com o lançamento de um novo disco. “American Dream”, banda sonora do filme sobre a sua vida com estreia marcada para o Dia da Independência dos EUA e que tem como protagonistas Donald Glover (Childish Gambino), Caleb McLaughlin (Stranger Things) e ele próprio, conta com as participações de nomes como Travis Scott, Young Thug, Doja Cat, Brent Faiyaz, Lil Durk, Summer Walker, Mariah the Scientist, Burna Boy e Metro Boomin, e promete ser mais um marco na carreira do rapper. No dia da sua edição, teve entrada de todos os 15 temas no Top 200 do Spotify em Portugal. Apesar de ser vencedor de um Grammy, nomeado para 11, das quais 4 para os prémios deste ano, e um artista multi-platinado, 21 Savage mantém-se autêntico como poucos.

18 Julho | Palco Super Bock

Tom Morello é a prova viva do poder transformador do rock’n’roll e da sua força em pleno século XXI. Conhecido pelos seus solos de guitarra inovadores e acordes envolventes, Morello é um artista sempre à procura de testar os limites da música e os seus próprios limites, seja na sua carreira solo ou como membro fundador de bandas de rock tão importantes como os Rage Against the Machine ou os Audioslave, responsáveis por vários prémios Grammy e um total de 30 milhões de discos vendidos em todo o mundo. O seu estilo característico, explorando uma certa distorção atmosférica e efeitos de guitarra desconcertantes, foi absolutamente crucial para o milagre sonoro operado pelos Rage Against the Machine no final dos anos 90, com o seu rap-metal inconfundível. O sucesso da banda traduziu-se em vários discos de platina, levou a Rolling Stone a eleger Tom Morello como um dos “100 Melhores Guitarristas de Todos os Tempos” (#26) e deu-lhe um lugar no Rock and Roll Hall of Fame em 2023.

Além do sucesso com os Rage Against the Machine, a guitarra distintiva de Morello também pode ser ouvida em supergrupos como Prophets of Rage ou Street Sweeper Social Club. Ao longo dos anos, Morello também se tem destacado por ser um intenso e comprometido activista político. “Tenho-me dedicado tanto musicalmente como enquanto activista ao combate à injustiça a cada passo”, diz Morello. “No meio desse sentimento intensificado de destruição iminente, agora é hora de reunir as tropas num último esforço para salvar o planeta e as nossas almas artísticas. Ao desafiar os limites do que a música é e de como soou antes, pode abrir-se os olhos das pessoas para mudar o status quo na sociedade.”

Nascido no Harlem em Maio de 1964, Morello foi criado pela sua mãe, ela própria também uma activista. Defensor incansável dos direitos humanos, tem emprestado a sua voz a causas como a defesa dos trabalhadores e a luta contra a desigualdade, a pobreza e o racismo. A sua música reflecte, por isso, também essas convicções políticas, principalmente nas suas letras nos projectos a solo, como Nightwatchman. Esta consciência cívica está presente em álbuns mais recentes como “The Atlas Underground Fire” ou “The Atlas Underground Flood”, registos que nasceram da colaboração com nomes como Bruce Springsteen, Eddie Vedder, Chris Stapleton, Mike Posner, Damian Marley, entre muitos outros. E nestes álbuns há uma outra coisa que é notada: Tom Morello continua a ser um guitarrista prodigioso, com os olhos postos no futuro do rock e no mosh pit mesmo ali à frente.

19 Julho | Palco Super Bock

Black Coffee é um DJ e produtor sul-africano, um autêntico homem renascentista, que se tornou uma das figuras mais proeminentes da música electrónica global. Começou a sua carreira na música em meados da década de 90 como DJ e produtor na África do Sul. Foi só em 2003, no entanto, que lançou o seu disco de estreia, um projecto homónimo que mostrava ao mundo a sua visão profunda da música house. Ao longo dos anos seguintes, Black Coffee continuou a construir sua reputação como um dos DJs mais inovadores e respeitados, graças a discos como “Have Another One” (2007), “Home Brewed” (2009), “Africa Rising” (2012), “Pieces of Me” (2015) e “Subconsciously” (2021). Desde os seus primeiros anos, tem-se destacado pelo seu profundo conhecimento de música e uma habilidade natural para misturar house com soul, com percussões africanas alternativas, uma electrónica orgânica e ainda elementos de jazz, num caldeirão musical verdadeiramente irresistível. O resultado é um som único, apelidado por muitos como “Afropolitan House”.

A partir de 2015, começou a destacar-se no cenário internacional, com aparições de alto nível em festivais como Ultra Miami, Tomorrowland e Coachella. O remix para Alicia Keys, a colaboração com a superestrela Drake e ainda o Grammy ganho em 2022 pelo disco “Subconsciously”, são alguns dos factos que contribuíram para o crescimento exponencial da sua notoriedade. Filantropo como poucos e apaixonado por arte contemporânea, Black Coffee permanece humilde e dedicado ao seu ofício, procurando ultrapassar os limites de seu som e encontrar novas maneiras de se ligar ao seu público, e promete conquistar o público português com essa energia que se renova a cada actuação.

19 Julho | Palco Super Bock

Mahalia Burkmar nasceu em Leicester, no ano de 1998. As primeiras canções chegaram bem cedo. A primeira delas, “My Angel”, foi escrita com apenas oito anos de idade. Quando completou 13 anos, a jovem cantora assinou o seu primeiro contrato, com a editora Asylum Records. Apesar deste percurso, Mahalia não teve pressa para gravar, privilegiando o conhecimento de si própria e do mundo. Colaborou com a banda electrónica Rudimental e não demorou até que acompanhasse estrelas como Ed Sheeran ou Kendrick Lamar. A simplicidade das suas canções servem a suavidade e delicadeza da sua voz. Com a ajuda de produtores do calibre de Steve Fitzmaurice ou Nineteen85, Mahalia não deu passos em falso na sua carreira. “Diary of Me”, o primeiro projecto, oferecia uma irresistível atmosfera pop, mas também com vontade de explorar outras linguagens, mais próximas do hip-hop. Seguindo essa toada, o single “Sober” conquistou milhares de ouvintes e confirmou Mahalia como um dos talentos mais promissores do momento.

“Love and Compromise”, editado em 2019, mostrava uma artista sem medo de experimentar, convocando vários estilos e influências para a sua música, com uma rara maturidade. E o resultado não poderia ser melhor. Temas como “Simmer” convidavam à dança e conquistaram milhões de ouvintes no Youtube e nas plataformas de streaming. Mesmo depois de atingir números impressionantes e de ser nomeada para vários prémios (Grammy, BRIT, Soul Train, MTV Push, entre outros), Mahalia nunca se deslumbrou, procurando sempre olhar para dentro de si própria, em busca do melhor caminho para crescer a cada lançamento. “IRL”, editado em 2023, é mais uma etapa nesse crescimento. O disco conta com as participações de nomes como Stormzy e JoJo, e é mais uma pérola neo-soul que Mahalia dá ao mundo, ultrapassando os seus traumas com o poder da música.

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