Se, no anterior volume, tínhamos ouvido um “Vais morrer, ladra de merda!” para aquecer, neste é com romantismo que começamos “Saga: Volume Onze” (G. Floy, 2024): “Casas comigo?”. Bem-vindos, mais uma vez, ao politicamente incorrecto e singular mundo de Saga, uma das melhores séries aos quadradinhos para gente crescida de que há memória. Tão boa que Brian K. Vaughan (argumento) e Fiona Staples (arte) já levaram para casa múltiplos prémios Eisner, qualquer coisa como os Oscars da Banda Desenhada.

Por esta altura, Gwendolyn tem a missão de fazer com que o Reino Robot, o mais leal aliado do inimigo, decida mudar de lado. E, perante as dúvidas levantadas por Sophie, a sua resposta é disparada de língua afiada: “A lealdade é uma tanga”.
Noutra geografia, Hazel e o Escudeiro arranjaram forma de sobreviver a nove incêndios, refugiando-se num lugar a que Hazel chama de “esta merda de ajuntamento”. É aqui que a sua mãe arranjou um trabalho “a fazer uma coisa gratificante… coisa que não era”, sendo tentada pela Dona Vitch, dona da loja Penhores, Poções e Reparação de Microondas, que diz ser capaz do impossível: ressuscitar Marko, assim tenha os ingredientes para tal. Apesar da fúria de Hazel Alana recusa, por considerar Vitch “uma mentirosa do caralho”, mas a irrequieta Hazel tem outros planos.

Para além de um clube de leitura secreto, este volume volta ainda a Ghus, dedicado a aperfeiçoar a sua técnica do perdão, posta em causa quando a menina Ianthe surge de atiçador na mão. O volume 12 já foi publicado lá fora, cruzemos os dedos para que a G. Floy não demore a lançá-lo por cá.
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