O início de 2017 viu chegar dois novos lançamentos em modo “edição de autor” para Marco Taylor: um ao estilo de um álbum sem diálogos e um outro que continua a história anteriormente trilhada com “O homem que carregava pedras” – este segundo repleto da palavra escrita.
“Rosinda” (edição de autor, 2017) era uma miúda/rapariga/mulher que se distraía com todo o tipo de coisas, sendo conhecida por quase toda a gente por nunca chegar a horas, fosse às próprias festas de aniversário ou à praia para ver de perto um barco gigante. Atrasos que eram tão densos que, um dia, conseguiu mesmo impacientar a pessoa mais paciente do universo.
Em “O rapaz que conheceu o homem que carregava pedras” (edição de autor, 2017), cruzando referências onde se incluem a “História Interminável” e apontamentos de flores que poderiam ter sido regadas por Van Gogh, Taylor regressa a uma das suas histórias anteriores, para relembrar o homem que a cada problema cuspia uma pedra, atando-a de seguida às costas apenas para mais tarde sentir sobre ele o peso do mundo.
Neste livro, onde o narrador percebe que há na vida mais flores do que pedras, assistimos à chegada repentina da velhice, interrogando-nos sobre aquilo que levamos e o que deixamos para trás.
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