A rentrée da Fundação Francisco Manuel dos Santos começou com a publicação de três Ensaios e, esta semana, é a vez da colecção Retratos ganhar dois novos títulos. Conheça os cinco títulos que chegarão às livrarias até final deste ano.
Colecção Ensaios
“Desperdício Alimentar” | Iva Pires
Não passa um dia sem vermos comida em perfeitas condições para consumo no contentor da nossa rua: estima-se que cada português desperdice 100 quilos de alimentos por ano. Responda honestamente: qual foi o último alimento que pôs no lixo — e porquê?
No mundo, 805 milhões de pessoas estão subnutridas ou em insegurança alimentar. Ao mesmo tempo, perdem-se e desperdiçam-se 1,3 mil milhões de toneladas de alimentos anualmente. A crise económica reacendeu o debate e a sociedade procura respostas. Da produção ao consumo, empresas, Estado e famílias — todos somos responsáveis pelo desperdício alimentar. Este é o ensaio que faz o ponto de situação sobre as questões éticas, ambientais e económicas de um problema gigantesco que ameaça de facto o nosso futuro, apresentando soluções e iniciativas para o combater.
“Ditadura e Democracia” | Filipa Raimundo
Passaram onze anos desde que Salazar foi eleito «o maior português de sempre» num concurso da estação pública de televisão. Este episódio, como outros semelhantes, têm provocado fracturas na memória colectiva de um País que vive em democracia há quatro décadas. A história do Estado Novo e os sucessivos recontos do autoritarismo e da repressão parecem flutuar ao sabor das polémicas e da espuma dos dias. Quando os extremismos ganham novamente terreno na Europa, as singularidades de 48 anos de Estado Novo, mas também da Revolução que o aniquilou, são postos em perspectiva num ensaio alicerçado numa extensa pesquisa, que não esquece os testemunhos de quem por lá passou.
“Envelhecimento e Políticas de Saúde” | Teresa Rodrigues
Saberemos que somos o sexto país mais envelhecido do mundo, numa recessão populacional só igualável à da década de 1960? Com o SNS a arriscar o colapso e as pensões de reforma a serem alvo constante de incertezas, que políticas de saúde temos e que políticas de saúde precisamos para assegurar o futuro desta nova era demográfica nacional?
Colecção Retratos
“Ainda Aqui Estou” | Patrícia Carvalho
Até 2016, a cada Verão, fomos tristemente habituados às imagens dos fogos que avançavam pelo País. Nos televisores, o desespero e o crepitar das labaredas preenchiam os noticiários. Em Junho e Outubro de 2017, quando julgávamos que a tristeza daquele «hábito» não podia ser maior, 115 pessoas perderam a vida, e Portugal, de luto, era um País inteiro incrédulo, ferido de morte pela tragédia que parecia não ter explicação.
«Ainda aqui estou», diz um dos sobreviventes. É dos que morreram, mas, sobretudo, dos que ainda aqui estão que este Retrato faz e conta a história: bombeiros apanhados pelas chamas que deviam ajudar a combater, voluntários que se fizeram à estrada pela primeira vez, famílias que perderam a casa e a empresa. E também dos velhos que, sozinhos, viram o fogo avançar.
“Viver da Morte” |Rita Canas Mendes
No nosso país, existem mais de 1000 funerárias e o negócio lutuoso emprega 6000 pessoas, mas quase ninguém conhece os bastidores da indústria dos óbitos.
Serão os agentes funerários aproveitadores ou uma ajuda preciosa num momento difícil? Qual o custo médio de um funeral? Que produtos e serviços existem no mercado? Há monopólios nesta área? E como é lidar diária e profissionalmente com a morte?
Dos aspectos caricatos às histórias que ninguém quer contar, este é o retrato de um sector desconhecido e desconcertante, que revela o lado humano, mas também empresarial, de Viver da Morte em Portugal.
Sem Comentários