Entre as suas várias chancelas, o Grupo BertrandCírculo vai fazer chegar às livrarias mais de 100 títulos até ao final deste ano.
Bertrand – Ficção
O último trimestre do ano editorial arranca com uma novidade de Margaret Atwood no catálogo da Bertrand Editora, “Olho de Gato“, um romance de formação no qual uma mulher revisita, através da memória, a geografia física e humana da sua infância e juventude. Também em Setembro chegará às livrarias nacionais a estreia de Marco Balzano com “Eu Fico Aqui“, um romance narrado pela voz de Trina, uma mulher que resiste numa comunidade dilacerada pelo fascismo italiano e pelo nazismo alemão. Para fechar o mês, “A Coleção de Arrependimentos de Clover“, de Mikki Brammer, fala-nos de esperança, amor e amizade na voz de uma heroína inesquecível.
No ano em que se assinalam sessenta anos sobre a morte de Aquilino Ribeiro, a reedição de “A Via Sinuosa“, com prefácio de João Barroso Soares, é uma das novidades de Outubro. Primeiro romance de Aquilino, introduz-nos a personagem de Libório Barradas – alter ego do autor durante a adolescência –, numa obra marcada pela descoberta do amor e pelo despertar para a sexualidade.
Ainda em Outubro, a Bertrand Editora publica o novo livro de Manuela Gonzaga. Abarcando a geografia do Congo, de Portugal e do Brasil, inspirado em factos e personagens reais e alvo de profunda investigação histórica, “Aqualtune – A Princesa do Kongo” é um romance histórico cuja galeria de personagens ilustra o complexo xadrez sociopolítico do século XVII no estertor de um dos maiores e mais antigos reinos do continente africano.
Também em Outubro, a Bertrand Editora publica “A Colher de Ouro“, um thriller com a assinatura de Jessa Maxwell, e o regresso de um dos clássicos italianos mais traduzidos de sempre: “Dom Camilo e o Seu Pequeno Mundo”, de Giovannino Guareschi. Uma viagem através da leitura à planície italiana «onde não há palmo despido de verdura», quando se celebram 75 anos da sua publicação pela primeira vez em livro.
Para Novembro está agendada a publicação de “Bela“, de Danielle Steel, rainha da literatura romântica que, este ano, ultrapassou os mil milhões de livros vendidos em todo o mundo. “A Porta dos Traidores“, de Jeffrey Archer, faz regressar William Warwick, superintendente-chefe da Scotland Yard, numa luta contra o tempo prestes a começar: vinte e quatro horas para impedir o roubo do século. “O Confronto“, de John Grisham, narra a história de dois rapazes que, após crescerem lado a lado como amigos, se veem em extremos opostos da lei quando adultos – um outro lado do sonho americano. Em “Marés de Fogo“, de James Rollins, a equipa Força Sigma terá de descobrir um segredo há muito enterrado no coração do nosso planeta para impedir que o mundo seja engolido pelo fogo. Já no novo romance de Stephen King, “Holly“, regressa uma das personagens mais cativantes do autor – Holly Gibney -, determinada a descobrir a verdade terrível por detrás de vários desaparecimentos numa cidade do Midwest americano. Hannah Grace está de regresso com “Fogo Selvagem – Wildfire“, e há também “O Reino das Temíveis“, de Kerri Maniscalco, último volume da série O Reino dos Malditos. Emilia e o Príncipe Ira são arrastados para um jogo de enganos e pecado para resolver de uma vez por todas o assassínio de Vittoria, irmã dela, e pôr fim ao alvoroço que se instala entre bruxas, demónios, metamorfos e as inimigas mais traiçoeiras de todas: as Temíveis.
Bertrand Editora – Não-Ficção
Benjamin Cunningham e Michio Kaku abrem a rentrée na área de não-ficção da Bertrand Editora. “O Último Homem Honesto“, de Cunningham, revela a história verdadeira de um espião duplo na Guerra Fria. Em meados da década de 1970, a CIA e o KGB vigiaram de perto Karel Koecher, por ambas as agências de espionagem estarem convencidas de que ele trabalhava para o inimigo. E ambas tinham razão. Baseado em documentos tornados públicos recentemente, gravações de interrogatórios e relatos em primeira mão dos próprios Koechers, Cunningham reconstrói as suas vidas duplas e o final da Guerra Fria. “Supremacia Quântica“, de Michio Kaku, debruça-se sobre a revolução da computação quântica que mudará o mundo. Os computadores quânticos poderiam permitir-nos finalmente criar reactores de fusão nuclear que criassem energias limpas e renováveis sem resíduos radioactivos. Poderiam ajudar-nos a decifrar os processos biológicos que geram fertilizantes naturais e baratos, permitindo-nos alimentar a cada vez mais numerosa população mundial. E poderiam revelar a dobragem de proteínas que está no cerne de doenças até aqui incuráveis como o Alzheimer, a sida e a doença de Parkinson, ajudando-nos a viver mais e melhor.
No mês de Outubro, Edward Wilson-Lee, o autor de “A Torre dos Segredos – Os Mundos Paralelos de Camões e Damião de Góis”, conta-nos em “O Memorial dos Livros Naufragados” a história do filho de Cristóvão Colombo, Hernando Colón, um visionário singular dos tempos da difusão da imprensa, que em pleno século XVI tentou reunir a maior biblioteca do mundo. Também neste mês, chega às livrarias “Memória Vermelha – Viver, Lembrar e Esquecer a Revolução Cultural Chinesa“, de Tania Branigan, um retrato marcante da Revolução Cultural e de como ela molda a China de hoje. Memória Vermelha revela quarenta anos de silêncio através das histórias raramente ouvidas de indivíduos que viveram a década de loucura de Mao.
Ainda em Outubro será publicado “Portvgal 8.0 – Corpo & Alma“, de Paulo Teixeira Pinto, uma narrativa dos momentos mais definidores e marcantes da história e da identidade de Portugal. O autor parte da mística do algarismo 8, que simboliza o primeiro dia após os sete dias da Criação, que resulta na forma octogonal da quadratura do círculo, que se encontra na base de muitas pias batismais, e que na sua posição deitada corresponde ao Infinito e que perfaz o número de letras da palavra Portvgal.
Em Novembro, chega “Breve História de Portugal – A Era Contemporânea (1808-2008)“, de Raquel Varela e Roberto Della Santa, uma história política, económica, social e cultural do Portugal contemporâneo, do absolutismo esclarecido de que o Marquês de Pombal foi embaixador e agente, aos nossos dias. Também neste mês, é publicada a edição gráfica de” O Infinito num Junco“, hino de ao amor pelos livros que seduziu milhões de pessoas em todo o mundo. Este livro sobre livros, de Irene Vallejo, ganha um novo voo sob a forma de uma adaptação gráfica do ilustrador e cartoonista Tyto Alba, cujos desenhos nos levam aos campos de batalha de Alexandre, o Grande, aos palácios de Cleópatra, às primeiras bibliotecas ou aos scriptoria de cópias manuscritas. Por fim, é publicado “A Minha Amiga Anne Frank“, de Hannah Pick-Goslar, que relata, na primeira pessoa, a história verdadeira e comovente de duas amigas separadas e reencontradas. Em 1933, Hannah Pick-Goslar e a sua família fugiram da Alemanha nazi acabando por ir viver para Amesterdão, onde ela estabeleceu uma estreita amizade com a sua vizinha, uma divertida jovem chamada Anne Frank. Mas, em 1942, a vida de Hannah e Anne mudou abruptamente para sempre.
Bertrand Editora – Infanto-Juvenil
Setembro começa com o regresso de um livro que continua a atravessar gerações. “A Lua de Joana“, de Maria Teresa Maia Gonzalez, volta às livrarias com o selo Bertrand Editora. Uma obra intemporal da autora, que interpreta o universo dos adolescentes neste e nos seus inúmeros títulos publicados. Segue-se “Salvámos o Outono“, de Joana Campos Louçã e João Camargo, uma história que convida as crianças a alertar toda a gente que conhecem que o verão não pode durar tanto tempo e que o outono tem de começar. Um livro que aborda o que é preciso ser feito em relação à crise climática, explicando o tema às crianças na sua própria linguagem.
Em Outubro, é publicado “Alcateia – A Minha Família e Outros Lobos“, livro inédito de Maria Teresa Maia Gonzalez. Esta é a história de um grupo de lobos, sendo que tanto na escola como na vida há lobos maus e lobos bons. Uns falam e outros uivam. Uns zangam-se e outros protegem-se. Uns vivem isolados e outros não. Um título que é uma metáfora. Um livro que provoca o jovem leitor – «Quem forma a tua alcateia? – e que nos faz pensar sobre o poder do sentimento de pertença.
Segue-se “Como é Que os Nossos Amigos Ficam Nossos Amigos? – Teoria Universal da Amizade“, de Nuno Artur Silva com ilustrações de João Fazenda. Uma história sobre como nascem os amigos e os vários níveis de amizade; como se explica que haja amigos mais próximos, amigos mais distantes, amigos que só estão alguns dias na nossa vida e amigos que estarão durante toda a vida, e que não o adivinhamos. Um livro sobre porque é que a nossa vida é bem melhor com eles do que sem eles. Como fio condutor da história, o narrador compara o universo físico (planetas, lua, estrelas) com o universo da amizade e dá pistas sobre como reconhecer os grandes amigos. Chega ainda “As Cenouras Assustadoras“, de Aaron Reynolds. Com ilustrações de Peter Brown, um artista premiado com a Medalha de Honra Caldecott, neste livro a Twilight Zone cruza-se com um canteiro de cenouras, porque há um coelho que acha que a sua guloseima preferida anda a persegui-lo… para dar cabo dele! Um livro que nos ensina que a vida é muito divertida e animada, até ao dia em que ficamos demasiado gananciosos. Fechando o mês, a Peppa está de volta com mais uma aventura em “Brinca com a Peppa“.
O mês de Novembro tem início com a publicação de “O Pedrito e os Amigos“, um livro de Beatrix Potter que traz ímanes para os mais novos poderem brincar com as personagens do Mundo de Pedrito Coelho. Da célebre equipa de As Cenouras Assustadoras, Aaron Reynolds e Peter Brown, publicamos “As Cuecas Assustadoras“, uma história hilariante (e apenas um pouco assustadora) de um coelho corajoso e um par de cuecas muito estranho. De Nicola Kinnear, é publicado “Eu Sou Capaz!“, uma história inspiradora. É inverno na floresta. É tempo de os esquilinhos recolherem todas as nozes, bolotas e pinhas que esconderam durante o outono. Essa é uma tarefa da avó de Eva. Só que a avó não se sente bem… Determinada, a Eva garante-lhe que é capaz de o fazer sozinha. Mas é uma tarefa muito difícil! Será ela capaz de a cumprir? Ou irá, por fim, admitir que precisa de ajuda? Esta é a história perfeita para a hora de dormir… ou a qualquer momento! Por último, chega uma das novidades mais esperadas do ano pelos mais novos. “Abaixo os Palermoides!“, de Mr. Tan e Miss Prickly, é o sétimo volume da colecção A Incrível Adele. A Adele anda numa onda verde. Só que… verde de raiva! Os pais inscreveramna num campo de férias, perdido no meio da natureza, onde animais, plantas e crianças vivem em plena harmonia. Blhac! Ela vai, mas… a mais atormentada das heroínas não se esqueceu de meter o mau humor na mala!
Temas e Debates
Setembro chega com um apelo que é também o mais belo retrato dos cursos de água do planeta. Viagem sublime ao reino dos rios, “A Terra Tem Sede“, de Erik Orsenna, conta a história de trinta e três fontes de vida, das maiores às mais pequenas, para mostrar as causas dos males que as afectam e dos desafios geoestratégicos que se prendem com as questões do clima e da água. Das geografias em perigo, recuámos a um outro tempo, indelével do passado nacional, com “No Fio da Navalha –Portugal e a Defesa do Império (1961: Abril a Novembro)“, terceiro livro de Valentim Alexandre sobre a última fase do colonialismo português, que percorre o período que se seguiu ao golpe de Estado conhecido como Abrilada. “A Ciência Nova do Universo Encantado“, derradeira e magnífica obra de um dos antropólogos mais notáveis do nosso tempo, Marshall Sahlins, encerra o mês e convoca-nos a repensar e reconfigurar radicalmente o modo como estudamos as culturas diferentes. E se dissermos que ele é um dos economistas mais influentes da nossa era e que eles quiseram que todos e todas, sem excepção, conhecessem (e compreendessem) o inegável contributo de Thomas Piketty para o pensamento económico, falamos de Claire Alet e de Benjamin Adam e de uma das mais aguardadas novidades de Outubro: a versão em BD do bestseller “Capital e Ideologia“, que sob a divertida e cativante forma de saga familiar, aproxima todos os públicos da importantíssima obra do economista francês. No mesmo mês, “Nómadas – Povos em Movimento, Uma História por Contar” acompanha a apaixonante viagem de Anthony Sattin pela crónica dos povos que ergueram os primeiros grandes monumentos de pedra, domesticaram o cavalo, lutaram com os gregos e precipitaram a queda do Império Romano – um dos protagonistas também de “Uma Nova História da Europa Central – Os Reinos do Meio” de Martyn Rady que, depois do sublime e aclamado Os Habsburgos, regressa com um notável trabalho de investigação sobre uma região que foi campo de batalha permanente, tanto para as ideias religiosas como para as ideias políticas. Outubro prossegue iluminado com um extraordinário debate sobre as grandes questões que teremos de enfrentar: será que a tecnologia poderá mudar quem somos? E, se puder, de que maneira o fará? A estas e outras questões responde “Confronto de Ideias – Grandes Mentes, Pensamentos Diferentes“, de Marcelo Gleiser, que reúne as palavras dos mais renomados cientistas, filósofos, historiadores e intelectuais – entre eles David Chalmers e António Damásio – num documento fascinante. “Os Rostos Que Tenho“, de Nélida Piñon, testamento literário da grande defensora da língua portuguesa, compõe-se de breves fragmentos, numa obra que se assemelha a um diário. Com 147 capítulos curtos, terá prefácio de Lídia Jorge.
Em Novembro, chegam os “Rebeldes Magníficos – Os Primeiros Românticos e a Invenção do Eu“, esplêndida narrativa de Andrea Wulf – premiada autora do bestseller “A Invenção da Natureza” – sobre o notável grupo de jovens que através das suas épicas discussões, impressionantes vidas e ideais radicais, lançaram o Romantismo na cena mundial e inspiraram os maiores artistas do seu tempo. Outro rebelde magnífico (ainda que ficcional) dá nome ao título seguinte e inspira a luminosa reflexão de José Enrique Ruiz-Domènec: “O Sonho de Ulisses” revela a importância do legado do Mediterrâneo na cultura mundial. E, quase a encerrar o ano, “Um Mundo Imenso“, trabalho do vencedor do Pulitzer Ed Yong, leva-nos numa maravilhosa viagem pela natureza e pelas radicalmente diferentes maneiras dos animais sentirem o mundo, numa combinação de reportagem de campo sobre os grandes avanços científicos e a filosofia que lhes assiste que alterará para sempre a nossa perspectiva da natureza. A Temas e Debates encerra 2023 com uma obra única. Abraão, Isaac, Jacob são personagens históricas? O êxodo do Egipto aconteceu mesmo nos moldes em que é celebrado na Bíblia? Como é que nasceu o monoteísmo bíblico? A Bíblia Tinha Mesmo Razão? “As Histórias de Israel e o Israel da História“, de Francisco Martins, oferece as respostas possíveis a estas e outras perguntas.
Quetzal Editores
Sexo, amor, morte, poesia e comida são os temas escolhidos pela Quetzal para o último trimestre do ano. “Memórias de Uma Menina Bem-Comportada“, da incontornável Simone de Beauvoir, regressa em Setembro às livrarias, numa edição cuidada que acompanha a publicação da irreverente e refrescante explosão de Anne Akrich no livro “O Sexo das Mulheres“, e do inteligentíssimo romance de Julia May Jonas, “Vladimir“, que explora os temas do desejo e do poder. Anne Akrich é traduzida por Telma Costa; Julia May Jonas, por Catarina Ferreira de Almeida. O mês de Setembro culmina com a celebração dos vinte anos da publicação de “Antídoto“, um projecto de colaboração de José Luís Peixoto com os Moonspell, uma novela de amor e morte constituída por pequenos contos.
Outubro soletra-se com o lirismo da “Arte de Amar“, de Ovídio, uma edição bilingue latim-português, na magnífica tradução de Carlos Ascenso André. Henrique Raposo publica o seu primeiro romance, “As Três Mortes de Lucas Andrade“, a saga de um suicida, uma história sobre a pobreza, o mal, a violência e a periferia: como se mantém a decência no meio do caos, da pobreza e do mal? Sérgio Godinho leva-nos a Compiègne, no noroeste de França, e a Guimarães, no norte de Portugal, com “Vida e Morte nas Cidades Geminadas“, um romance que nos mostra que a vida tem tanto de burlesco como de enternecedor. Com “Vidas e Mortes de Abel Chivukuvuku. Uma biografia“, José Eduardo Agualusa conta-nos a história de Angola, que é como quem diz, a história de um homem cujo nome, Chivukuvuku, significa «bravura». De Julian Barnes, a Quetzal publica “Amor & Etc.“, a sequela de “Amor & C.ª”, lançado no início do ano. Um romance sobre o amor nos tempos modernos: divertido, profundo e absurdo. Com tradução de Helena Cardoso. O mês termina com “História de Um Deicídio“, o grande ensaio de Mario Vargas Llosa sobre a obra de Gabriel García Márquez, que é também uma declaração de amor à literatura. Chega às livrarias com tradução de Cristina Rodriguez e Artur Guerra.
Novembro é sinónimo de grande poesia. “Poesia Completa“, de Horácio – outra nova e excelente tradução de Frederico Lourenço –, reúne os textos de um dos mais importantes e brilhantes poetas da literatura latina e fica disponível em edição bilingue, latim-português. “Mao. A História Desconhecida“, de Jung Chang, que resulta de mais de uma década de pesquisa e de inúmeras entrevistas com muitos dos que privaram com Mao Tsé-Tung, tem uma nova edição. E, como ainda não falámos de comida, é por esta altura que anunciamos a publicação de “A Mercearia do Mundo“, um dicionário da globalização dos produtos alimentares, do vinho do Porto ao sushi, do ceviche ao ramen, do chili ao cuscuz, da maionese àsbatatas fritas. É organizado por Pierre Singaravélou e Sylvain Venayre, e traduzido por Sandra Silva e Luísa Mellid-Franco.
De apetite desperto, seguimos para “A Mesa de Deus“, de Maria Lectícia Monteiro Cavalcanti, com prefácio de José Tolentino Mendonça: um livro sobre os alimentos da Bíblia, a sua história, os seus ingredientes e o modo como se preparava a mesa dos homens – à sombra de Deus. E, porque o ano se fecha com o melhor, concluímos com uma surpresa monumental: a poesia de Roberto Bolaño. Carlos Vaz Marques traduz “Poesia Completa“, que reúne todos os poemas, poemas em prosa, histórias em verso e outros fragmentos que dificilmente podem ser catalogados num ou noutro campo. Um mundo interminável, belo e terrível.
Contraponto
Logo no início de Setembro, chega às livrarias “Imagine Como Seria“, o legado final de Ken Robinson, autor do bestseller mundial O Elemento: como tudo se transforma quando descobrimos a nossa paixão e um dos maiores especialistas do mundo na área da pedagogia e desenvolvimento da criatividade, e que a sua filha Kate Robinson acabaria por concluir. A proposta é uma viagem ao futuro através das principais ideias de uma das mentes mais brilhantes do nosso tempo e protagonista da TED Talk mais vista de sempre: «Do schools kill creativity?». Ken Robinson dedicou os últimos anos de vida a este manifesto, que constitui uma peça fundamental para a revolução educacional que este conselheiro de empresas e governos iniciou. É uma carta de amor ao potencial humano – uma celebração do que nós, como espécie, somos capazes de fazer e de ser, se criarmos as condições certas.
Em “Retornados“, Marta Martins Silva relembra que, com o 25 de Abril, mais de 600 mil portugueses abandonaram África – para muitos a única casa que até então tinham conhecido –, e chegaram a um Portugal que os ostracizou, perpetuando uma sensação de abandono a quem partiu de mãos vazias. A autora dá voz a vinte e uma histórias, relatos impressionantes que se cruzam com a análise histórica, política e social da época sobre a qual se edificou o Portugal contemporâneo. Nestes testemunhos, cabem dias repletos de amor, dor, luta e desespero – sentimentos que parecem unir a vida no antes e no depois do retorno –, mas também de resiliência e superação. A um mês do fim do ano, Inês Meneses volta a surpreender com “Máquina de Escrever Sentimentos“. Num relato intimista, sincero, atravessa um luto e escreve-se na perda. «Demorei uma vida a pedir um livro de reclamações. Quando o pedi, percebi que era o livro de reclamações das saudades que eu queria. O livro onde reclamo do meu braço que ainda pega no telefone para ligar à minha mãe, da voz dela ter deixado de se ouvir. De não ter ninguém a quem perguntar se as plantas sobrevivem ao calor. Se a dor que tenho aqui dentro não é grave».
Arteplural
A Arteplural inicia Setembro com a habitual agenda de Paulo Coelho, Serenidade 2024, um livro ilustrado com agendamento semanal e separadores com frases inspiradoras do autor cheias de cor e vida que o ajudará a organizar e apreciar o seu tempo. O livro “Boas Vibrações“, de Kyle Gray, publicado em Outubro, funciona como um oráculo poderoso para activar a sua intuição, conectar-se à sabedoria universal e atrair experiências positivas a cada dia. Cada carta que acompanha este livro traz mensagens simples, mas transformadoras para afirmar, confirmar e iluminar o seu dia a dia. “A Vida Ama-me: Afirmações“, de Louise L. Hay e Robert Holden, novidade de Novembro, é um livro de afirmações e exercícios que plantam as sementes da transformação diária e encorajam a uma autodescoberta reveladora. Este livro vem acompanhado de 52 cartas que contêm uma poderosa afirmação e uma mensagem inspiradora para gerar mais positividade na sua vida. Na última novidade de Novembro, “Aqui Há Gato – Um Almanaque de Factos Felinos“, reúnem-se algumas das melhores histórias (assim como 46 ilustrações originais) sobre estes animais que, como dizia Nietzsche, Deu criou para que o ser humano pudesse acariciar o tigre.
Pergaminho
A Pergaminho publica em Setembro o livro “Educar Sem Perder a Cabeça“, de Tania García, que marca um antes e um depois na forma de compreender a família e o mundo da educação, propondo uma forma de criar crianças com base no respeito e numa compreensão real e fundada nas necessidades emocionais e de desenvolvimento das mesmas. Ainda em Setembro, “Tudo Acontece Por Uma Razão“, de Kate Bowler, oferece uma reflexão profunda e cheia de humor sobre a mortalidade, a positividade tóxica, a natureza da fé e da esperança, e sobre a legitimidade de mandar a um certo sítio pessoas que dizem lugares-comuns a quem está a sofrer.
Damos as boas-vindas a Outubro com “Os Seus Superpoderes“, de Joseph Murphy, onde o autor ensina como explorar as nossas capacidades e o nosso potencial em pleno. O único limite que existe, garante o autor, é aquele que impomos a nós mesmos, através dos nossos pensamentos. “As Cinco Carências“, de Lise Bourbeau, novidade de outubro, destina-se a todas as pessoas que passam por dificuldades na sua relação com os filhos ou com os pais. É um livro que permite não só criar um futuro mais harmonioso com as gerações vindouras, mas também sarar muitas das feridas com gerações anteriores. Ainda este mês, “O Médico Médium: Cérebro Saudável – O Diagnóstico“, de Anthony William, serve como um guia para compreender a sua condição mental e cerebral revelando o que está por trás de mais de 100 sintomas, doenças e desordens mentais e neurológicas.
Já em Novembro, “O Médico Médium, Cérebro Saudável – A Cura“, também de Anthony William, oferece um caminho de cura e recuperação com técnicas especializadas para restaurar a estabilidade do seu sistema nervoso e viver com mais harmonia e segurança, através de protocolos e guias de detox e de nutrição cerebral. “Zen – A História, os Ensinamentos e o Legado“, de Osho, em Novembro, nesta série de livros, «Pilares de Sabedoria», reflecte acerca de quatro formas de percorrer esse caminho: o budismo, o taoismo, o zen e o tantra. “Eu Sou Porque Eles Foram“, de Sara Larcher, um lançamento de Novembro, mostra que quando nascemos não somos um livro em branco, antes de nós viveram milhares de antepassados com as suas histórias e vivências, alegrias e dores. Mas isto não significa que estejamos presos a reviver as experiências e legados dos nossos antepassados. Para finalizar o mês, “O Médico da Humanidade e a Cura da Corrupção“, de Augusto Cury, sugere que todo o ser humano tem dentro de si vampiros mentais (orgulho, ira, inveja, ciúme, etc.) capazes de o asfixiar e que se não forem travados acabarão por destruí-lo.
11×17
A 11×17, a colecção de livros de bolso mais bem-sucedida em Portugal, disponibiliza títulos de grandes autores de reconhecimento nacional e internacional. Setembro começa com “Ansiedade – Como Enfrentar o Mal do Século“, de Augusto Cury; “Mrs Dalloway“, de Virgina Woolf; e termina com o livro “O Que Deus Disse“, de Neale Donald Walsch. “O Inocente“, de John Grisham; e “O Poder Mágico do Jejum“, de Yoshinori Nagumo, são os novos títulos em pequeno formato do mês de Outubro, seguindo-se “Elevação“, de Stephen King; e “Génese“, de Robin Cook em Novembro.
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