A Imprensa Nacional Casa da Moeda apresentou, com muita pompa e circunstância – houve Orquestra Metropolitana, Mozart e Beethoven -, o plano editorial para 2017. O Deus Me Livro deixa-lhe um resumo do que está para chegar às livrarias este ano com o selo INCM.
Em modo de “serviço público”, serão cerca de 70 as propostas editoriais da INCM para 2017, distribuídas por diversos temas e colecções, que vão da poesia às edições críticas, passando pelas obras completas, pelo design, pela história, pelo direito, pela filosofia ou pelo infanto-juvenil.
Uma das apostas maiores da editora é a novíssima colecção Biblioteca José-Augusto França, dedicada a um dos mais notáveis intelectuais portugueses contemporâneos – e que acolherá, este ano, os dois primeiros volumes de um total de 16 que compõem a selecção de obras feita pelo autor, de entre toda a ficção e ensaio que publicou. Do primeiro volume constará o romance “Natureza Morta” e os textos “Três Pequenos Contos de África”, “D. Júlia” e “O Retornado”. O segundo volume será dedicado a Charles Chaplin, o Self-Made Myth, contemplando também Charles «Charlot» Chaplin e O Último Gag de Charles Chaplin.
De Mário Dionísio será reeditado “A Paleta e o Mundo”, um livro esgotado há largos anos, numa edição que, à semelhança da primeira, será ilustrada. Outras novidades são a “Obra Completa de Bocage”, “Eça de Queiroz — Uma Biografia”, a “Poesia Completa de Sá de Miranda” e o segundo volume do “Diário de João Bigotte Chorão”.
Na colecção Biblioteca de Autores Portugueses será editado o Teatro Completo de Natália Correia e, também, “ A Trilogia do Olhar”, teatro de José Gardeazabal — vencedor da 1.ª edição do Prémio INCM/Vasco Graça Moura na categoria de Poesia.
“Uma Aproximação à Estranheza”, de Frederico Pedreira, e “Debaixo da Nossa Pele. Escravos Libertos e Outros Imigrantes”, de Joaquim Gonçalves do Rosário Ramos — respectivamente vencedor e menção honrosa da 2.ª edição do Prémio INCM/VGM (categoria Ensaio) -, serão publicados este ano na coleção Olhares. Esta colecção receberá ainda um outro laureado de peso: o poeta, ensaísta e historiador brasileiro Alberto da Costa e Silva, Prémio Camões 2014, com “A Enxada e a Lança”.
Dos palcos chegarão ainda mais seis originais para acrescer à colecção Biografias do Teatro Português, editada em parceria com os Teatros Nacionais D. Maria II e São João – e que se estreia com um livro dedicado à Companhia Rey Colaço–Robles Monteiro (já publicado), e outro dedicado a Alfredo Cortez (a publicar em breve).
As colecções de Edições Críticas vão continuar a acolher obras seminais de Almeida Garrett, com “Um Auto de Gil Vicente”, Camilo Castelo Branco, com “As Novelas do Minho” e “Coração, Cabeça e Estômago”, Fernando Pessoa com “Mensagem” e ”Poemas Publicados em Vida”, e Eça de Queirós com a publicação de “Os Maias”. Já a colecção Pessoana acolherá os “Poemas de Alberto Caeiro”.
“As Pupilas do Senhor Reitor”, de Júlio Dinis, “O Crime do Padre Amaro”, de Eça de Queirós e “Vinte Horas de Liteira”, de Camilo Castelo Branco, vêm juntar-se à Biblioteca Fundamental da Literatura Portuguesa.
Já a colecção Plural, agora focada exclusivamente na poesia, continuará a receber os poetas de língua portuguesa como José Henriques dos Santos Barros, Alice Sant’Anna ou Mário Avelar.
Será também lançada uma grande antologia da obra de José Augusto Mourão, assim como “Cinzento e Dourado. Raul Brandão em Foco, nos 150 Anos do Seu Nascimento” e “Almada Negreiros — Um Percurso Possível”.
O livro infanto-juvenil é contemplado na colecção Grandes Vidas Portuguesas, a que se prevê que se venham juntar as biografias da Marquesa de Alorna, da Ferreirinha, de Rosa Mota e de António Lobo Antunes. Na colecção Cidadania, o Diário da República explicará aos mais novos o que é e qual a importância do jornal oficial do Estado.
A colecção D, dedicada ao design português, continuará em 2017 a centrar-se nas monografias sobre os principais designers nacionais. Na mesma linha das artes visuais, lugar para a fotografia, que terá agora realce no catálogo deste ano da INCM, com a criação da coleção PH.
Sob a alçada de um protocolo existente com a Direcção-Geral do Património Cultural, está assegurada a edição dos catálogos de exposições e outras obras dos principais museus, palácios e teatros nacionais.
Foto: Rita Assis
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