Os tempos não estão fáceis para a família Vaillant, que perdeu praticamente tudo para o império Slate. Jean-Pierre está no hospital com um diagnóstico muito reservado, que inclui lesões problemáticas no rim esquerdo e, sobretudo, no fígado. François Latour e Jean-Michel Vaillant lutam para voltar ao mundo da competição, trabalhando na garagem da família para um renascimento das cinzas. Quanto a Michel Vaillant, sentindo-se responsável por não ter conseguido salvar o irmão Jean-Pierre, encontra-se numa espécie de exílio na República Democrática do Congo. Até que Carol, jornalista francesa e amiga de todas as cores, lhe faz uma visita para falar de separação e, sobretudo de “Renascimento” (Asa, 2016).
Agora, para fazer face aos novos desafios desportivos e tecnológicos, o clã Vaillant terá de se adaptar à evolução da indústria automóvel e às mudanças de fundo na sociedade, ainda que mantenha como essência os valores humanos veiculados desde que o primeiro F1 da família pisou uma pista.
O cenário é desanimador. A empresa Vaillante foi desmantelada por Slate, que nem permitiu que emblemas originais ficassem à vista nas instalações. Caberá a Françoise tentar reerguer a Vaillante, comprando quatro Fórmula E e preparando-os para o primeiro ePrix de Paris, contando com a ajuda do tio Benjamin na logística. Michel Vaillant aceita retomar o volante, ainda que o regresso à pista se faça acompanhado por alguns fantasmas e dúvidas. Uma novela automobilística que transcende as pistas da fórmula 1 para se transformar numa saga familiar que percorre várias gerações.
“Renascimento” é o quinto título da Nova Temporada Michel Vaillant, também ela um renascimento e um passar de testemunho no que toca ao desenho. Nesta nova colecção, a autoria do álbum cabe a Phillipe Graton, filho de Jean Graton, o criador da personagem. Tem ainda a participação de Denis Lapière (argumento) e Marc Bourgne e Benjamim Benéteau (desenho).
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