Chico Bolila nasceu em Lisboa no ano de 1976. Viveu, como muito boa criança, os anos 80 a brincar na rua e a surfar no sofá. Entre o basquetebol e os desenhos animados, passou muito tempo a desenhar, algo que, nos anos 90, o acabou por conduzir à Escola Artística António Arroio, onde descobriu o potencial das artes plásticas na sua vida.
Em 2000 licenciou-se em Tecnologia e Artes Gráficas no Instituto Politécnico de Tomar e, desde então, passou por áreas como o vídeo, o web design ou o design gráfico, mantendo sempre a sua paixão pela ilustração. Uma paixão que acabou por dar frutos este ano, com a publicação do primeiro livro escrito e ilustrado por si, intitulado “Que Exagero!” (Caminho, 2018).
Trata-se de uma história que gira à volta do clássico parental da inventariação do perigo, de conselhos atirados a um miúdo que já não se acha assim tão miúdo ou que, naquela idade, julga ter já alcançado a imortalidade, respondendo a cada um dos avisos quase sempre com um “que exagero” – dito, claro, de sorriso traquina nos lábios.
Neste mundo a dois tempos, aquele presenciado pelos adultos e um outro sonhado pela criança, o perigo dá lugar à diversão pura, que surge como um desafio só ao alcance do território da imaginação.
As ilustrações acompanham, sempre com muita cor e ainda mais vertigem, este contraste entre o mundo adulto e o infantil, mostrando que será saudável, em qualquer idade e recorrendo à moderação, que o exagero e a imaginação comandem a vida.
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