“Ao contrário do que se pensa, viajar pode ser bem mais económico do que parece”. Poderia ser uma frase retirada de uma qualquer campanha de aviação mais ou menos enganosa, mas não mora aqui qualquer tentativa de phishing ou cookies apanhados à má fila. Quem o diz e escreve é a dupla Carla Mota e Rui Pinto, autores do blogue Viajar entre Viagens, que defendem que todos os destinos podem ser à medida da carteira de cada um – desde que, claro, esta não esteja furada em muitos sítios.
Uma receita que nos é servida em “Próximo Destino” (Porto Editora, 2018), com dicas sobre a importância de marcar os alojamentos com antecedência, ter bastante flexibilidade no que toca aos vôos e lançar-se à aventura em roteiros ambiciosos. Os destinos apresentados são variados: aventura e natureza, de cultura, de praia ou sugestões para partir à descoberta de países em viagens mais prolongadas.
Para cada um dos destinos de viagem, é indicado o custo de alojamento de qualidade média (em quarto duplo) e das refeições em restaurantes locais (em condições de higiene e qualidade propícias ao não envenenamento ou congestão e notas sobre deslocações internas e quais as actividades e visitas obrigatórias. Dividido em quatro grandes blocos – Grandes Viagens (Andes, Índia, Namíbia ou Patagónia), Percursos da Natureza (Capadócia, Santo Antão e Fogo de São Miguel), Escapadinhas Culturais (Cracóvia, Pequim e Muralha da China ou Tromso) e Praia (Ilhas Andamão, Península do Iucatão ou Zanzibar) -, o guia apresenta, para cada viagem, o preço aproximado por pessoa, detalhes sobre vôos, países visitados, nº de dias necessários/aconselhados, valor gasto por dia e a duração total do vôo com escalas.
Faz-se uma introdução sobre a viagem, indica-se a logística necessária, propõe-se um roteiro e tipos de transporte e dá-se dicas sobre alojamentos a alimentação em conta. A acompanhar tudo isto há fotos bem convidativas, que ficariam bem em qualquer panfleto produzido por uma agência de viagens. Qualquer coisa como um Lonely Planet à portuguesa para soltar o viajante que há adormecido em cada leitor.
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