Como manda a tradição, o Deus Me Livro apresenta aos leitores os títulos que as editoras prepararam para o assalto às livrarias nestes primeiros meses de 2019. Seguem-se as novidades cozinhadas pela Quetzal, à boleia de sinopses e press releases.
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A Quetzal inicia o ano com a publicação de uma grande autora britânica, Margaret Drabble: “Sobe a Maré Negra” é o primeiro romance de Drabble em Portugal – uma história de pessoas que fazem o balanço de uma vida, sobre a arte de envelhecer e a «procura de ilhas de felicidade quase perfeita». Com ecos de Simone de Beauvoir e de Samuel Beckett, “Sobe a Maré Negra” é uma meditação sobre o fim das coisas e sobre o que faz com que uma vida seja uma vida boa – e uma morte também. Margaret Drabble estará em Portugal para o lançamento do seu livro, entre 21 e 23 de janeiro.
Logo de seguida, uma reedição há muito aguardada: a antologia “366 Poemas Que Falam de Amor”, organizada por Vasco Graça Moura, reunindo mais de uma centena de poetas, portugueses e estrangeiros (estes, traduzidos pelo próprio), que escreveram sobre amor – o mais belo, estranho e frequente tema da poesia. Sai ainda em Janeiro. De Vasco Graça Moura, a Quetzal lançará ainda (depois das suas versões de Dante, Petrarca ou Rilke) uma tradução de Lorca e iniciará a reedição de títulos há muito esgotados.
Em Fevereiro, dois romances de autores portugueses – “A Imortal da Graça”, de Filipe Homem Fonseca, e “Estocolmo”, de Sérgio Godinho. No primeiro, uma história sobre a Lisboa contemporânea, cercada de turistas, cheia de episódios burlescos e românticos passados num bairro em transformação; no caso de Sérgio Godinho, uma história de paixão, obsessão e transfiguração amorosas, através de um triângulo cujos vértices são um homem que aluga um quarto no sótão, uma bela pivô que apresenta o telejornal e a mãe desta.
Um volume de inéditos e textos esquecidos de Agostinho da Silva (com organização de Helena Briosa e Mota), uma antologia da poesia de João Luís Barreto Guimarães (com o título “O Tempo Avança por Sílabas”) – que assinala os seus 30 anos de vida literária – e a aguardada reunião de contos e pequenas narrativas de Susan Sontag (Histórias) completam as edições do segundo mês de 2019.
Ao longo do ano, teremos – entre outras surpresas que a Quetzal prepara – novos romances de José Eduardo Agualusa, José Luís Peixoto e José Riço Direitinho, a grande biografia de Sun Yat-Sen, de Jung Chang (a autora da monumental biografia de Mao e de Cisnes Selvagens), bem como o romance vencedor do Pulitzer de 2018, “Less”, de Andrew Sean Greer, e novos títulos de Yrsa Sigurdadóttir, Mai Jia (o autor de A Cifra), Martin Amis e Julian Barnes, entre outros.
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