As aventuras de Orlando, o menino de oito anos que não consegue dizer os “éles”, não páram. Desta vez irá visitar a Guiné-Bissau com o seu pai, numa viagem onde a aventura será a do deslumbramento: “Há tantas coisas novas que não conseguimos pensar nelas todas. Algumas demoram a pousar nos pensamentos”.
Orlando irá descobrir que “todas as mulheres tinham vestidos de muitas cores e a pele muito brilhante. Muitas usavam panos na cabeça, e em cima tinham potes, ou cestos, ou sacos gigantes, que nunca caíam”; ou espantar-se como as mulheres transportam os seus bebés, que nunca choram.
Trata-se de uma nova cultura, de novos costumes, e o mapa de Africa mostra que há quatro países com o nome Guiné – mas que apenas na Guiné-Bissau se fala português. O maravilhamento continua e Orlando aprende que as árvores também falam, e que há tambores mágicos que vêm das árvores, cujo som hipnotiza. Mas qual a razão da magia do bombolom, o tambor mágico? Qual o seu segredo? Uma aventura que nos fala da liberdade individual, da liberdade de um povo, mas também da liberdade que a música nos pode oferecer.
“Orlando e o Tambor Mágico” (Alfaguara, 2019) é o segundo título da série As Aventuras de Orlando, de Alexandra Lucas Coelho. Esta aventura, recomendada pelo Plano Nacional de Leitura 2027, é inspirada numa viagem que Alexandra Lucas Coelho fez à Guiné-Bissau durante as comemorações de um aniversário do 25 de Abril.
Alexandra Lucas Coelho recebeu o Grande Prémio de Romance e Novela 2012 APE (Associação Portuguesa de Escritores). Antes de se estrear na literatura, cobriu várias zonas de conflito como repórter de rádio e imprensa. Foi correspondente em Jerusalém e no Rio de Janeiro do “Público”, jornal onde trabalhou por 20 anos. A série Orlando é a sua estreia na literatura infantil e juvenil, onde também se aventura como ilustradora.
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