Já o dissemos antes por aqui. One-Punch Man é um dos mais divertidos, frenéticos e deliciosos mangás que estão a ser publicados em Portugal. À semelhança dos volumes anteriores, também este “Os Fortes” (Devir, 2021), o 12º capítulo da série, abre com um diário do seu argumentista, One, e desenhador, Yusuke Murata. “Plantei abacate. Está a crescer com uma grande vitalidade”, conta-nos One, enquanto Murata prefere um pensamento mais fashion: “Raramente deito roupa fora. Tenho o roupeiro cheio de roupas velhas. Tenho de organizá-lo”.
Acompanhamos um dos grandes torneios de artes marciais, onde Saitama e muitos outros heróis competem pelo título. A abrir temos um combate no qual participa Suiryu, que tem direito a uma ovação de pé. Para além de confessar que só participa naquilo por dinheiro, pretendendo levar uma vida despreocupada e divertida, levanta como herói não federado uma questão: “Será que o número de pessoas normais e forte é superior ao número de heróis profissionais?”.
Durante os combates, surgem rumores de que os monstros estão a tomar conta da cidade, mas com o fantasma da devolução dos bilhetes e o cancelamento do torneio em cima da mesa a organização consegue fabricar um cenário menos preocupante. A segurar a barra está Genos, Herói da Classe S, que vai travando lutas épicas com monstros com nomes tão castiços quanto o Monstro Barata Despertada, com um nível de alerta demoníaco.
O sentido de humor acidental de Saitama continua no ponto, seja na resposta que devolve a alguém que lhe pergunta sobre se assistiu ao seu combate – “– Fui à casa de banho” – como, logo a seguir e antes de um importante combate seu, partilha a sua maior preocupação: “– Ena pá! Desatei o cinto na casa de banho e agora não sei dar o nó”. Um combate que o vai colocar frente a frente com Bakuzan, conhecido nas arenas como o Assassino do Inferno Escuro, e que tem como assinatura deixar os adversários a sangrar.
Este volume oferece ainda uma história extra com o também incrível King, onde este mostra uma tolerância acima da média – e em que o tofu congelado surge como uma arma a usar na falta de outras mais comuns. O próximo volume promete coisa séria: um combate entre o letal Garou e o Homem-Cão-de-Guarda – ou, como os haters lhe chamam, “este sacana de peluche”. Uma festa.
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