É, dos quatro livros publicados da colecção, o nosso preferido. “Olivia e as Princesas” (Gradiva, 2024) é Olivia em estado de graça, num álbum que até nem começa com o melhor estado anímico. “A Olivia estava desanimada”, conta-nos o narrador, enquanto esta decide, perante o olhar desconfiado do cão e do gato, fazer a posição de anjo no chão de casa.
“Acho que estou a ter uma crise de identidade”, diz-nos esta porquinha com o mesmo espírito crítico da Mafalda de Quino, interrogando-se sobre aquilo que quer ser quando for grande. O ballet há muito que ficou para trás e, num tempo em que todas as suas amigas querem ser princesas, escolhendo o cor-de-rosa do qual não é grande fã, Olivia vai estudando outras saídas profissionais, como ajudar idosos ou dedicar-se à enfermagem.
À hora de deitar, recusando que a mãe lhe atire com a Rapunzel ou uma história de princesas, consegue o regresso ao universo do Capuchinho Vermelho, mas por entre um Halloween alternativo acaba por surgir uma perspicaz solução para o futuro. Um álbum super-divertido, que garante um festival de gargalhadas em família.
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