Eric Carle tem sido, no que toca às edições da Kalandraka, um dos autores em grande destaque. Depois da publicação de “A lagartinha muito comilona“, “Amigos”, “A joaninha resmungona”, “Sonho de neve”, “Queres brincar comigo?”, “Papá, por favor, apanha-me a Lua”, “10 patinhos de borracha” e “O grilo muito silencioso“, chega agora a vez de “O Senhor Cavalo-Marinho” (Kalandraka, 2016), que nos apresenta a um dos peixes do reino marítimo que fica de guarda aos ovos, isto depois de a Sra. Cavalo-Marinho “se começar a torcer e a rebolar-se” antes de os deixar numa bolsa que o Senhor Cavalo-Marinho tem, agora, na sua barriga.
Porém, nesta suprema tarefa capaz de cortar a respiração a um peixe mesmo dentro de água, o Cavalo-marinho não estará sozinho. Também o peixe-espinho, a tilápia, o kurtus gulliveri, o peixe-cachimbo ou o peixe-gato, cada um num sítio mais improvável do que o outro, têm a missão de ficar a tomar conta dos ovos com esmero, com as damas provavelmente a aproveitarem a ocasião para ir beber um cocktail a um bar da moda situado nas profundezas.
Neste álbum cartoonado, onde Eric Carle nos ofereceu um festim de cor reflectido em algas, corais e rochas, há também a utilização de folhas de acetato, que nos mostram toda a arte no que diz respeito à camuflagem, essencial para a sobrevivência dos peixes num lugar tão perigoso como o fundo do mar. Um livro fantástico para os mais pequenos, uma espécie de viagem ao fundo do mar que contém um efeito surpresa desvendado com o folhear de cada acetato.
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