“O Segredo Mais Bem Guardado” | Jeffrey Archer

Continua em muito bom ritmo a publicação da série Crónicas de Clifton – The Clifton Chronicles no original -, saída da imaginação e do espírito (tele)novelístico de Jeffrey Archer, um autor que conta, no seu historial, com mais de 250 milhões de exemplares vendidos em 97 países e 37 idiomas.

Depois da publicação de “Só o Tempo Dirá” e “Os Pecados do Pai”, chega agora às livrarias “O Segredo Mais Bem Guardado” (Bertrand Editora, 2016), que retoma a narrativa a partir da última linha do livro anterior.

Estamos em 1945. Na Câmara dos Lordes, a votação para a atribuição da fortuna dos Barrington acabou num empate. Enquanto Harry Clifton viaja até à América para promover o seu novo livro, encontrando uma máquina editorial bem diferente da inglesa, Emma Barrington parte à procura de Emma, a menina que foi encontrada abandonada no gabinete do seu pai na noite em que este foi assassinado. Já Gilles Barrington tenta defender com unhas e dentes o seu lugar na Câmara dos Comuns, deixando-se enfeitiçar por Lady Virginia, alguém que não esconde os seus tiques e maneirismos de rapariga mimada – e, acrescente-se, verdadeiramente insuportável.

A história, porém, abre caminho à entrada em cena de uma nova geração, representada por Sebastian Clifton, filho de Harry e de Emma, que terá um papel decisivo na vida de ambas as famílias – ainda que, pelo caminho, seja apanhado numa fraude internacional de obras de arte que envolve uma escultura de Rodin e muito más companhias.

Os ingredientes, esses, mantêm-se os mesmos dos livros anteriores: uma narrativa fluida, um espírito de telenovela – das boas – e capítulos divididos por personagens e intervalos temporais, que ajudam a conhecer melhor os actores do livro e o tempo onde estão situados. A linha final, essa, injectará no leitor uma solução de adrenalina. Só faltam mesmo as cenas dos próximos capítulos.