Tal como Oliver Jeffers regressou ao mundo dos lápis de cor, sacando de “O dia em que os lápis voltaram a casa” depois de um sucesso estrondoso com “O dia em que os lápis desistiram”, também Benji Davies decidiu voltar à história de Noé e da baleia, que havia iniciado com o álbum “A Baleia“.
Agora um tudo ou nada mais crescido, Noé continua a viver com o seu pai à beira-mar, e nem o facto de ter seis gatos de estimação faz com que se esqueça da baleia de que cuidou em tempos, vendo-a muitas vezes sob a forma de outra coisa qualquer – como uma âncora meio enterrada no mar.
Numa noite de pleno Inverno, e vendo que o pai não regressou a casa da pescaria, Noé decide ir procurá-lo, atravessando a pé um mar congelado até dar de caras com o barco do pai, encalhado no gelo. Quando percebe que o barco está vazio, enrola-se numa manta a descansar, mas começa a ficar com medo quando se põe a imaginar de olhos fechados o fundo do mar. Até que, no escuro, alguma coisa bate no barco, trazendo consigo um estrondoso e misterioso PUM!
A cada página descobrem-se pormenores que são uma verdadeira delícia – um moinho de vento espetado na areia; curiosos bonecos de neve; um mar congelado; gatos em toda a parte; uma neve que parece cair sem parar -, sempre num jogo dinâmico entre luz e sombra.
Apesar de um pouco menos surpreendente que o livro anterior, “O Regresso de Baleia” (Orfeu Negro, 2018) mantém a ternura em ponto de rebuçado e volta a servir desenhos fabulosos, tanto no traço como nas cores, sempre com pormenores que se vão descobrindo a cada nova leitura. Benji Davies, autor, ilustrador e realizador de animação, é talento em estado puro.
2 Commentários
BOM DIA!gOSTARIA DE ADQUIRIR O LIVRO O REGRESSO DA BALEIA,ACHEI LINDA A HISTÓRIA DE lÉO E A BALEIA.
Bom dia. Pode fazê-lo directamente no site da editora:
https://www.orfeunegro.org/products/a-baleia?_pos=6&_sid=c9b064ab2&_ss=r
Cumprimentos.