É difícil recordar o nosso primeiro Natal. No entanto, é fácil ter presente, na memória, o entusiasmo dos preparativos para abrir as portas da nossa casa ao Pai Natal, não só do último Natal mas também de outros mais longínquos.
Alguém já pensou como será o Natal do Pai Natal? Será que o Pai Natal sempre festejou o Natal? Será que passa todos os Natais a distribuir presentes pelo mundo fora? O que fará quando regressa ao seu lar após ter deixado os embrulhos junto às árvores de Natal? Descansa? Distribui presentes à sua família e amigos? Ou irá saborear a deliciosa consoada? Talvez os duendes saibam responder a estas questões (ou talvez não).
O que os duendes têm a certeza é que o Pai Natal regressa cansado, dorme até tarde e, por vezes, até se esquece de festejar o dia de Natal. Passa o ano inteiro a fazer presentes no Polo Note, a verificar a listagens de nomes, não poderá haver omissões ou esquecimentos, mas … talvez o Pai Natal se esqueça de si próprio. Sem energia para mais euforias… o seu maior desejo é dormir um sono descansado. As horas avançavam e nada de especial acontece no lar do Pai Natal, nem parecia Natal.
Na sua casa não havia pinheiro de Natal nem decorações natalícias, e conta-se que ninguém se lembrava de o mimar com um presente, por mais singelo que fosse. Neste Natal, tudo será diferente. Os duendes preparam-lhe um Natal inesquecível, onde não faltarão guloseimas, maçãs vermelhas, meias enrolada, queijos, couves, peru assado, sonhos e rabanadas, rabanadas, bolo-rei e um verdadeiro abeto de Natal, grande, muito grande, e talvez o mais bonito das redondezas.
“O Primeiro Natal do Pai Natal” (Fábula, 2024) é um livro divertido, afectuoso, caloroso. Um dos livros mais meigos sobre o Natal, que nos obriga a (re)pensar no outro – e que só somos verdadeiramente felizes uns com os outros. Será esta a essência do espírito Natalício?
As magnificas ilustrações de Sydney Smith ampliam e potenciam a narrativa, tornando mágica a mensagem escrita por Mac Barnett, um exímio contar de histórias que encantam pequenos e graúdos.
Mac Barnett é um autor de histórias para crianças, best-seller do New York Times. A sua obra foi traduzida para mais de 30 línguas e vendeu mais de 5 milhões de exemplares em todo o mundo. Os livros de Mac ganharam muitos prémios, incluindo dois Caldecott Honors, três New York Times/New York Public Library Best Illustrated Awards, três E.B. White Read Aloud Awards, o Boston Globe-Horn Book Award, o Jugendliteraturpreis da Alemanha, o Chen Bochui International Children’s Literature Award da China, o Silver Griffel dos Países Baixos e o Premio Orbil de Itália. É co-criador, com Jon Klassen, de Shape Island, uma série de animação em stop-motion para a Apple TV+, baseada na série de livros ilustrados Shapes, um sucesso de vendas. Vive em Oakland, na Califórnia.
Sydney Smith é um ilustrador canadiano consagrado, que já recebeu importantes prémios pelo seu trabalho. Os seus livros, entre os quais “Ser Pequeno na Cidade”, o primeiro que simultaneamente escreveu e ilustrou, têm sido aclamados pela crítica.
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