Foi, em 2017, a nossa terceira escolha no que diz respeito às edições do universo literário infanto-juvenil. Servido num incrível pop-up, “O Monstro das Cores” utilizava técnicas de colagem, fotografias, ilustrações e construções elaboradas com fios e janelas para abrir e puxar, tudo para nos mostrar do que eram feitas as emoções.
O regresso faz-se agora com “O Monstro das Cores Vai à Escola” (Nuvem de Letras, 2019) que, mesmo sem os artifícios da construção de um pop-up, mantém o estado de algodão-doce do anterior volume.
Na véspera do seu primeiro dia de escola, contando com uma preciosa ajuda para colocar tudo o que é importante na mochila, o Monstro vive várias inquietações: será este “um lugar perigoso cheio de animais ferozes”? Ou será a sala de aula “uma nuvem mágica em que podemos voar”?
O livro apresenta tudo aquilo que vai sendo cíclico no início da aventura escolar em tempos de jardim de infância, e que vai passando de geração em geração como um testemunho olímpico: o choro das mães e pais na despedida, a visão dos colegas e – alguns deles – futuros amigos, o recreio, o almoço, as aulas de pintura ou a sempre bem-vinda sesta.
As ilustrações e as técnicas de desenho continuam incríveis, seja pelo uso do quadriculado, o relevo tridimensional conferido ao cartão ou a utilização de papel de jornal ou revista, em desenhos que encerram toda a alegria da infância. Este monstro veio para ficar.
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