Com o selo d’A Seita, chega às livrarias a adaptação a mangá do romance de Misaki Yazuki, “O Meu Marido Dorme no Congelador” (A Seita, 2025), um thriller cozinhado a temperaturas negativas num congelador que parece ter vida própria.

“Numa noite de verão, durante um festival, eu matei o meu marido. Finalmente.”. As palavras são de Nana que, motivada por um casamento embebido em violência doméstica, decide conquistar a sua liberdade, escondendo o corpo do marido – devidamente desmontado e embalado – no congelador. Na manhã seguinte, porém, o marido aparece descontraidamente para tomar o pequeno-almoço, com uma boa disposição pouco habitual e promessas de se tornar um marido melhor. Ainda que comece a questionar a sua sanidade mental, Nana não perde o foco: “Tenho de matá-lo outra vez”.

Entre a violência doméstica e o adultério, não esquecendo vizinhos metediços ou a sombra do canibalismo, “O Meu Marido Dorme no Congelador” diverte-se a trocar as voltas ao leitor até à última página, que depois disto pensará duas vezes antes de ir ao frigorífico buscar gelo.
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