É de dar graças aos deuses da BD e, sobretudo, à portuguesa Devir, que nos continua a oferecer algumas das melhores bandas desenhadas fora do universo dos super-heróis clássicos. Depois de ter iniciado a publicação da entusiasmante “Hora de Aventuras”, chega agora a vez do lançamento de uma das mais fantásticas séries de animação que temos podido acompanhar em versão traduzida no Cartoon Network: “O Incrível Mundo de Gumball” (Devir, 2016). Uma série que tem tudo para agradar tanto a miúdos como a graúdos, uma vez que faz uso de um humor rebelde, irreverente e que inclui o espectador – neste caso do leitor – nestes exercícios de escapatória à realidade.
“Vou-me afundar tanto que me vão confundir com um sofá.” As palavras são de Darwin em “Fixe”, a primeira de quatro histórias que integram este primeiro álbum. Uma história sobre a eterna vontade de se ser fixe e de não se ter nada para fazer depois da escola, a não ser conduzir um carro ou tirar a carta de cadeira de rodas.
“Karaté” faz-nos mergulhar nos clássicos jogos de Arcade como “Target Renegade”, onde Darwin continua irritantemente – para Gumball, claro está – a fazer sempre o mesmo movimento. Quando a mãe de Gumball descobre a nova paixão dos rapazes, decide oferecer-lhes umas aulas na escola “Kara-“T” Económico”, mas revivendo o espírito de Karate Kid irão dar de caras com Tobias, que decide desafiá-los para o combate do século.
“Apanhada: a traição” leva-nos ao coração da cidade de Elmore, onde o jogo da apanhada representa o último recurso para se resolver um conflito. O que, claro, vai ter de acontecer nesta história.
Em “O Apagão” toda a gente na escola vai trocar de emprego por um dia, o que significa que a balbúrdia vai ser tremenda, desde a ainda pior comida servida na cantina aos vários testes feitos apenas numa aula por um professor sem grande jeito para o ofício. Isto até à chegada do apagão, que faz com que numa cidade sem televisão ou Internet os habitantes regridam a um estado primitivo.
Para além destas quatro histórias, há ainda um brinde muito especial: O Espantoso Diário Ilustrado de Darwin, bem como as diferentes capas desenhadas para cada uma das quatro edições e uma história curta da autoria de Yehudi Mercado, que gira à volta de se usar (ou não) um par de calças. Só nos resta fazer figas e esperar que a Devir continue a publicar este verdadeiro achado.
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