Apesar da multiplicidade de desenhos animados que povoam canais públicos e provados, “O Incrível Mundo de Gumball” continua a bater a concorrência aos pontos. Exibida pela primeira vez a 3 de Maio de 2011, esta série de desenhos animados britânica-americana-irlandesa foi criada por Ben Bocquelet para o Cartoon Network, tendo como protagonista Gumball Watterson, um gato azul de 12 anos de idade que frequenta a escola secundária na cidade fictícia de Elmore. Darwin, um peixe laranja, é o seu irmão adoptivo e companheiro inseparável de aventuras, enquanto Anais, a irmã coelha, tem responsabilidade e bom senso para dar e vender (e juízo pelos três).
Depois do pequeno ecrã, Gumball foi também adaptado ao formato dos quadradinhos, tendo o segundo volume chegado recentemente às livrarias e quiosques pela Devir, incluindo quatro histórias centrais – escritas por Frank Gibson (1 a 3) e Tyson Hesse (4) e desenhadas por Tyson Hesse com Paulina Ganucheau -, várias histórias curtas e as ilustrações das várias capas.
Em Batalha das Bandas, Elmore parece viver um dia estranhamente normal, sem conflitos ou a presença de qualquer elemento “fixe mas perigoso“. Pelo menos até Gumball e Darwin passarem pelo quadro de actividades extra-curriculares e descobrirem um anúncio intitulado “Batalha das Bandas”, decidindo participar mesmo que os instrumentos musicais prefiram desintegrar-se nas suas mãos a serem tão mal tocados. Na sua tentativa de ascensão ao estatuto de rock stars irão encontrar treinador de estranho formato, que sofre de nostalgia e se perde em flashbacks.
O Fato tem, logo a abrir, um daquelas tiradas que muito mau professor vai dando nas salas de aula: “O nosso orador convidado de hoje é muito mais bem-sucedido do que algum de vocês alguma vez será“. Convidado que é nada mais nada menos que o Sr. Fitzgerald, um “homem motivado” que tem a sua própria empresa e o discurso empreendedor que enganou muita gente no passado recente em Portugal. Para Darwin e Gumball, porém, mais do que o espírito matador ou o olhar sério, a força de Fitzgerald reside no seu fato.
Depois de se conseguir safar de uma suspensão por ter copiado à pala de um “fico-lhe a dever“, Gumball irá ouvir da boca do seu pai que ficar a dever algo a alguém é “um contrato eterno“, e que não deve ser levado de pena leve sob o risco de se acabar a servir de acendalha no Inferno. Gumball decide então pagar todos os favores que ficou a Dever (pelo menos até ser obrigado a apanhar um monte de folhas caídas com um garfo).
Rufia é a história que encerra em grande este segundo volume. Depois de levar uma valente coça de Anais na consola, Gumball irá tentar provar que a violência na vida real nunca está certa, enfrentando o bully que, na escola, aterroriza Anais e os outros alunos, bem como os velhotes a quem vai sacando os cheques do ordenado a jogar xadrez em bancos de jardim. Um verdadeiro clássico familiar para miúdos e graúdos.
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