Primeiro celebrámos “O dia em que os lápis desistiram”, livro que nos apresentou a uma caixa de lápis com fôlego para pintar o mundo inteiro, imaginada por Drew Daywaltt e desenhada por Oliver Jeffers. Num dia de escola aparentemente igual aos outros dias de escola, o Duarte teve uma grande surpresa quando foi buscar os seus lápis de cera: junto da sua mochila encontrava-se um respeitável monte de cartas, todas a ele dirigidas entre pouco apreço e demasiada fúria, atadas com um cordel e o seu nome impresso num reprovador vermelho. Um verdadeiro tratado das cores para os mais pequenos, que conheceria uma nova temporada com “O dia em que os lápis voltaram a casa”.
Dessa vez, os postais chegam à mão de Duarte escritos por vários lápis que foi perdendo ao longo dos anos, decidindo salvá-los a todos dos muitos e variados infortúnios. O problema, porém, é que com tantos estragos os lápis tinham deixado de caber na caixa, o que fará com que o pequeno tenha de levar a imaginação ao limite para encontrar a solução perfeita.
Após esta dupla de livros, a aventura protagonizada por Drew Daywaltt e Oliver Jeffers conheceu outros capítulos menos fulgurantes mas, ainda assim, parte desta geografa deita com lápis de cera: “Dos lápis, com muito amor”, onde se procurava conhecer de que cor é afinal o amor, e “Verde é a Cor do Natal”, onde o lápis verde tentava fazer do Natal uma celebração de uma cor só. Mais recentemente, um novo capítulo vem juntar-se a esta aventura desenhada a cera: “O Halloween dos Lápis” (Nuvem de Letras, 2022).
Tal como os seus pares humanos, os lápis querem vestir o seu melhor disfarce, sair à rua, bater às portas e levar um saco de guloseimas para a caixa. O problema é que nenhum deles parece ter jeito para o contacto humano e, quando se tem um lápis que a cada abrir de porta diz “Estou nu”, o nível de açúcar parece condenado a não subir. Será uma questão de pouco susto? De pouca educação? Ou apenas de encontrar as palavras certas? As ilustrações continuam um mimo, mas exige-se que na próxima aventura Drew Daywalt tire um coelho da… caixa de lápis.
Sem Comentários