É já o quinto volume da série policial assinada pela dupla sueca Hjorth & Rosendfeldt, que tem como figura central o sempre difícil Sebastian Bergman, o outsider com que o Departamento de Investigação Criminal conta para uma ajuda extra nos casos de homicídio mais bicudos.
A trama de “O Castigo dos Ignorantes” (Suma de Letras, 2018) começa a ser desenhada quando a estrela de um reality show é encontrada morta numa escola, com um disparo na cabeça. Amarrada a uma cadeira da sala de aula e posicionada de frente para um canto, a vítima tem postas umas orelhas de burro e, nas costas da cadeira onde está sentada, está preso um exame com várias páginas, mostrando que num jogo com uma costela arrancada à roleta russa a vítima se havia estatelado ao comprido.
Este será o primeiro de uma série de assassinatos contra várias personalidades ligadas aos media, sendo o seu artífice alguém que, em chats e cartas anónimas enviadas para jornais, se opõe à falta de educação moderna e a uma sociedade que premeia a imbecilidade em detrimento do mérito. Um serial killer extremamente complexo e fugidio que irá pôr à prova toda a argúcia de Bergman e companhia.
Paralelamente à trama, o leitor segue a vida de algumas personagens já familiares, bem como os relacionamentos entre si que, felizmente, não estão no ponto-novela de outros pares como, por exemplo, Camilla Lackberg.
No final, caberá a Billy repetir a dose de ter a última palavra, deixando uma vez mais o leitor a perguntar-se quando sairá o próximo. De entre as séries bubblegum situadas entre o thriller e o policial, a de Sebastian Bergman é sem dúvida a que permite fazer balões maiores.
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