Resultado de uma encomenda feita pela bailarina e mecenas russa Ida Rubinstein, ícone de um período histórico conhecido como belle époque, o Bolero é a obra mais famosa e interpretada de Maurice Ravel. Considerado um exercício de enorme virtuosismo orquestral, estreou em Paris em 1928, na Ópera Garnier.
Iniciado no estudo da infância desde a infância, Ravel formou-se no Conservatório de Paris com professores como Fauré e Gédalpe. Foi, juntamente com Debussy, um dos maiores expoentes da música impressionista francesa. Em 1928 deu uma série de concertos pelos Estados Unidos, onde chegou a interessar-se pelo jazz. Chegou a compor mais de 32 obras, mas foi com o Bolero que ganhou o direito a figurar na lista dos mais conhecidos compositores de sempre.
É a partir de “O Bolero de Ravel” (Kalandraka, 2020) que José Antonio Abad Varela tece uma narrativa em crescendo, que vai tratando de apresentar os músicos e os seus instrumentos, ilustrados por Federico Delicado como animais humanizados, oriundos de espécies que se encontram em extinção, que aqui sobem ao palco de um coreto para um concerto urbano onde a luz e a cor marcam presença.
No final, o pequeno leitor tem acesso a uma biografia resumida de Ravel e à história do nascimento deste Bolero, bem como os Qrcodes – ou links para o youtube – que lhe permitem escutar algumas das interpretações feitas por diversas orquestras e filarmónicas.
“O Bolero de Ravel” integra a colecção de Música Clássica da Kalandraka, da qual fazem já parte os títulos “As quatro estações: Vivaldi”, “O carnaval dos animais: Saint-Saens” e “Quadros de uma exposição: Mussorgsky”.
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