“No Fundo do Lago” (Bizâncio, 2018) é uma narrativa que estimula a imaginação dos mais jovens, mostrando que o sonho e a imaginação são essenciais à vida.
Ernesto, um menino aventureiro e sonhador, decide “explorar as profundezas do seu lago” com um pau, um anzol e uma pedra, e é assim que descobre uma coisa fantástica: “O meu lago não tem fim!”. Reunido o material e feitos os alongamentos, só resta mergulhar no fundo do lago para se deixar deslumbrar “por recantos sem luz e tesouros afundados”, entre “peixes e rãs, tubarões e lulas e criaturas sem forma”. Novas aventuras ocorrem quando “veio à tona do outro lado do lago”, descobrindo um mundo “cheio de sons, muitos e sortidos”. Sempre na companhia do seu cão e após maravilhosas proezas e descobertas, ambos saem do lago e regressam ao mundo, onde tudo parece diferente – tudo menos o espanto e a imaginação.
Joseph Kuefler, autor e ilustrador, consegue uma simbiose entre imagem e texto fantástica. À medida que folheamos “No Fundo do Lago” deparamo-nos com diferentes eixos narrativos, estimulando a imagética dos mais pequenos, abrindo portas a novas histórias e explorando diferentes níveis de leitura.
A ilustração permite a focalização no texto, marcando o ritmo, o movimento em diferentes perspectivas: de baixo para cima, de cima para baixo ou com grandes planos de página dupla. A dimensão cromática varia entre os tons de azul e os suaves e pálidos verdes, conduzindo a uma viagem marítima ou a uma exploração da natureza. Uma leitura sobre a coragem, a aventura e a curiosidade.
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