Foi, pelo menos, meia-surpresa na última edição dos Hugo Awards, que desde 1995 atribuem prémios dentro de categorias como Ficção Científica, Cinema, Séries ou BD.
Composto por vários membros do World Science Fiction Convention, o júri decidiu atribuir o prémio para melhor novela gráfica a “Monstress” (Saída de Emergência, 2017), escrita por Marjorie Liu e ilustrada por Sana Takeda, que entrava na competição com pesos pesados como Saga, Paper Girls, Black Panther ou Ms. Marvel and The Vision.
A protagonista dá pelo nome de Maika Meiolobo, uma adolescente que sobreviveu a uma guerra cataclísmica entre humanos e arcânicos, uma raça híbrida que descende dos Anciãos. Maika tem 17 anos, perdeu um dos braços e foi marcada com um ferro por um culto religioso que a escravizou, suspeitando dos seus poderes.
Quando começa a desvendar o seu passado, retomando uma ligação com a Imperatriz-Xamã, a arcânica mais poderosa de sempre que morreu e enterrou consigo tudo o que havia descoberto e criado, compreende que tem uma ligação psíquica com uma poderosa criatura de outro mundo, bem como a capacidade de transformação. Torna-se então caçadora e presa, bem no centro de uma guerra entre forças humanas e sobrenaturais.
Neste mundo alternativo onde habitam Gatos, Velhos Deuses, Humanos, Anciãos, Humanos e Arcânicos, as 5 raças conhecidas, fundem-se os estilos narrativos – e de desenho – oriental e ocidental, num ambiente claramente inspirado pelo período Art Déco, numa história com muita magia e medo à mistura onde são as mulheres a dar cartas, felizmente longe dos estereótipos associados ao lado feminino no que toca à Banda Desenhada.
“Não sei quase nada sobre mim. Não sei quem sou. Tudo o que sei é que vi a morte em pessoa. E que sobrevivi“. Lá estaremos para descobrir.
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