A Asa continua a sua missão de serviço público, apontando ao completar da colecção As Aventuras de Lucky Luke, o cowboy que dispara mais rápido que a própria sombra. O volume 16 dá pelo nome de “O Tesouro dos Dalton” (Asa, 2017) e é mais um exemplo de como nem só de Lucky Luke se faz esta banda desenhada mítica. Os Dalton são, só por si, motivo mais do que suficiente para pegar na arma e mandar uns balázios ao ar de puro contentamento.
Através de um companheiro de cela, que conhecem na Penitenciária de Yuta, no Arizona, que promete “um novo e suave método de dissuasão baseado na psicologia“, os Dalton ficam a saber que há um enorme tesouro escondido em Red Rock Junction.
Quem lhes fala de tal pecúlio escondido é Fénimore Buttercup, um falsário que fazia notas de dólar na perfeição mas teimava em imprimir notas de 3 dólares, onde se lia qualquer coisa como “a lei recompensa o contrafactor“.
Atraídos pela ideia de dinheiro fácil, os Dalton mandam a psicologia às urtigas e evadem-se facilmente mas, quando chegam ao lugar indicado por Fénimore, descobrem que aí foi construída uma penitenciária de segurança máxima, mas onde parece ser difícil de entrar, uma vez que o juiz de Red Rock Junction – “a maior das pequenas cidades do Oeste“, com um cemitério frondoso e uma tarte de maçã de comer e chorar por mais – acredita que uma palmada nas costas e um “seu maroto” atirado ao ar é mais do que suficiente para a reabilitação. Os Dalton bem que tentam ser engaiolados mas, decididamente, esta prisão parece ser só para Vip’s.
Um álbum muito divertido onde Lucky Luke cede o protagonismo a Joe, o cerebral, Averell, o eterno faminto, e à dupla William e Jack, que estão apenas de corpo presente para fazer número. Longa vida aos Dalton.
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