“Aklaq é uma casa menor, elevada por Carlyle… pelo meu pai… até uma posição de confiança e honra. O dever da tua família era simples, mas vital: administrar o subdomínio do norte profundo. Tinham de cuidar do nosso povo. Defender o território. Combater os nossos inimigos. Oh, e tinham de seguir a chefe da tua família, a tua irmã, que foi nomeada governadora, vê bem, pelo meu pai em pessoa. Em vez disso, organizaste um pequeno golpe e abiste as terras a Vassalovka. Tropas de Vassalovka, Rudy… em solo Carlyle. Caraças, Rudy… isso é alta traição. Devia mandar a minha irmã cortar-te os tomates e obrigar-te a comê-los.”
O severo ralhete dado a Rudy Aklaq chega de Johanna Carlyle, que decidiu ir contra o manual de procedimentos das boas famílias e juntar-se a Forever Carlyle, numa missão com tanto de espírito vingativo como de estratégia diplomática, na qual mostra ter boa conversa e jeito para o negócio.
Passaram-se dois anos desde a acção do anterior volume, e Forever continua sem conhecer Eve, a ainda quase catraia que estão a preparar para ser a sua sucessora no papel de Lazarus da família Carlyle – e que, por entre lágrimas, pergunta a si própria por que razão não consegue morrer.
Beth parece estar numa onda meio bully, espremendo Forever até mais não – talvez por sentir estar fora dos planos da irmã Johanna -, mas parece ter algumas cartas escondidas na manga para os tempos – e volumes – próximos. Neste jogo de traições, que chegam dos mais inesperados lugares – e famílias -, descobre-se a única palavra que importa: sobrevivência.
A caça aos Lazarus alheios continua a ser feita de modo cinematográfico, e há neste “Lazarus Seis” (Devir, 2024) vários ajustes de contas e supresas pelo meio, como ficarmos a pensar o que raio terá acontecido com Zmey, o dragão. Uma coisa é certa: os segredos já eram.
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