Depois de ter sido relançada no ano de 2015, ano em que se cumpriram 30 anos sobre a publicação da primeira história que tem como protagonista o improvável herói Jim Del Monaco, chegou este ano às livrarias o nono álbum desta série de António José Simões e Luís Louro, intitulado “Ladrões do Tempo” (Asa, 2017).
Nesta nova aventura, a inauguração de um museu de paleontologia que esconde um poderoso segredo, está no centro de uma conspiração de perigosos extremistas – os Krill – que, no mau espírito dos vilões, pretendem estabelecer uma nova ordem mundial. Jim Del Monaco terá assim de viajar no tempo, entre passado e futuro, para dar cabo dos malfeitores e, sobretudo, não se deixar morder por criaturas deveras ameaçadoras.
Inicialmente inspiradas em Jim das Selvas – uma tira de jornal cuja publicação foi iniciada em 1934, sobre as aventuras de um herói que luta contra piratas, comerciante de escravos e um vilão chamado Cobra, ele próprio uma versão mais “civilizada” e “madura” de Tarzan -, as aventuras de Jim Del Monaco giram à volta dos mitos e lendas do continente africano, bem como de clássicos da literatura, do cinema ou da ficção científica. Neste novo volume há, por exemplo, referências aos Rolling Stones, a Darth Vader e a… Lili Caneças.
Numa época onde a palavra de ordem é a igualdade de género e o apontar do dedo aos estereótipos, não deixa de ser engraçado ver chegar às livrarias um álbum com uma linguagem extremamente apimentada, por onde se passeiam mamocas, rabiosques e curvas mais do que suficientes para agradarem a um leitor da FHM. Haja (sobretudo) humor.
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