É caso para dizer que, este ano, a edição do FOLIO – Festival Literário Internacional de Óbidos vai ser à grande e à francesa. Entre os dias 6 e 16 de Outubro, vão passar por Óbidos cerca de 300 autores de vários países, com perto de 200 iniciativas dedicadas à Literatura entre 16 exposições, 16 mesas de autores, 62 apresentações ou lançamentos de livros e 16 oficinas, não esquecendo a realização de tertúlias, oficinas e masterclasses.
Segundo José Pinho, um dos mentores do festival que marcou presença na conferência de imprensa de lançamento, a 7ª edição será marcada pela “quantidade, qualidade e diversidade” das iniciativas programadas – ou, posto em forma de canção e à boleia dos Daft Punk, “bigger, faster, stronger” -, num programa que irá ocupar 24 espaços da medieval vila de Óbidos. Portugal, Brasil e França são os países com mais autores a participar no festival, destacando-se a presença, no Folio Autores, dos prémios Nobel de Literatura Olga Tokarczuk (Polónia) e Wole Soyinka (Nigéria).
No sempre apetecível Folia, que conta com a curadoria da Fundação Inatel, são 30 os concertos agendados, destacando-se nomes como os de Sara Correia, NBC, Expresso Transatlântico, Seiva, Marta Hugon, João Cabrita, Cassete Pirata, SAL ou José Barros.
O Folio Educa, que nesta 7ª edição terá curadoria de Paulo Santos, surge com algumas diferenças. A vereadora da Educação na Câmara de Óbidos, Margarida Reis, destacou o aumento de iniciativas que serão levadas às escolas, mantendo-se a aposta no seminário internacional e na realização de 16 oficinas, nas quais participarão “muito investigadores, sobretudo brasileiros”, estando o foco em temas como o centenário de José Saramago ou os 200 anos da independência do Brasil.
Entre as novidades deste ano, destaque para o Folio Tech (que liga tecnologia à literatura) e o Folio Inclusão, que contará com um dia dedicado a esta temática, a inclusão de língua gestual em seminários e a edição de um livro multiformatos.
O Folio Ilustra, com curadoria de Mafalda Milhões, voltará a ser escolhido para a entrega do Prémio Nacional de Ilustração e a participação de ilustradores nacionais e internacionais.
A Banda Desenhada – Folio BD – ocupará nesta edição o Museu Municipal de Óbidos, e o cinema verá também redobrada aposta na apresentação de filmes e documentários integrados na programação que, em 2022, reserva um espaço programático para cada uma das sete freguesias do concelho.
Com a excepção de uma oficina, todas as actividades, incluindo os concertos na Cerca do Castelo e um curso ministrado pelo escritor Gonçalo M. Tavares, serão de entrada grátis.
O festival conta este ano com um belo orçamento de 385 mil euros, assegurado pela autarquia e por parceiros que têm a cargo a organização de alguns dos eventos que integram a programação. O Folio teve a sua primeira edição em 2015, num investimento de meio milhão de euros, comparticipados por fundos comunitários, passando nos anos seguintes a ser suportado pela Câmara de Óbidos.
A edição deste ano arranca a 6 de Outubro (16:00) com uma performance à porta da vila, destacando-se a inauguração da Casa Abysmo (18:00), com apresentação da programação, do espaço livreiro Abysmo e da exposição de Mantraste, intitulada “Uma espécie de livro”, seguida de uma conversa a que não faltará a abertura de um barril de cerveja Cadáver Esquisito e do catering pela Conserveira de Lisboa. Já o encerramento, a 16 de Outubro, está marcado para as 19:30 com um concerto de José Barros, que comemora 25 anos de carreira.
Toda a programação do FOLIO 2022 está disponível aqui.
Sem Comentários