É um livro na mesma senda de “Caras”, produzido pela mesma dupla André Letria e José Jorge Letria. Porém, se neste tínhamos nomes invulgares que se combinavam em diferentes expressões, cortes de cabelo, barbas e bigodes, agora é tempo para uma variação que gravita em torno de uma das perguntas mais colocadas à malta pequena: o que queres ser quando fores grande?
Em “eu vou ser” (Pato Lógico, 2020), temos 16 personagens divididos às tiras, mais precisamente em 3 fatias, que misturadas entre si se transformam numa espécie de Cubo de Rubik de sentimentos, sonhos e desejos, num total de 4096 combinações possíveis, onde se podem formar futurismos como estes: “Eu vou ser uma ideia corajosa que provoca sobressaltos com a lua que cintila no mar” ou “Eu vou ser a memória de um verão rebelde que desenha um caminho como a lua que cintila no mar”.
Vislumbres poéticos do futuro, servidos com as ilustrações tripartidas que formam estranhas criaturas com cabeça de palmeira, cara de cogumelo ou uma gravata que dificilmente combina com uma gravata às bolas.
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