E eis que, sete livros e alguns anos depois – respeitando a edição e o calendário portugueses -, chega ao final a saga dos Clifton, que encerra com a edição de “Este Foi um Homem” (Bertrand, 2018), que decorre entre a linha temporal situada entre 1978 e 1992.
Chegados a este ponto, o lado novelístico – ou, se preferirem, a costela de telenovela – está em alta, entre muitas conspirações, jogos de bastidores e manobras políticas: Emma Barrington e Gilles Barrington encontram-se inesperadamente na arena política, numa espécie de combate entre o trabalhismo e o thatcherismo, tudo em redor da questão do Serviço Nacional de Saúde; Lady Virginia Fenwick, qualquer coisa como a cabra de serviço, procura cumprir a sua sede de vingança, isto enquanto tenta descobrir o seu próximo sustento; Harry Clifton tenta deixar de lado os policiais e escrever a sua obra para a posteridade; Sebastian Clifton torna-se, at last, presidente do banco Farthings Kaufman; Jessica, a talentosa artista filha de Sebastian e Samantha, entra em modo sex, drugs & rock ‘n’ roll, pondo em risco a sua continuação na Escola de Belas-Artes.
Com um pendor claramente Thatcheriano, Jeffrey Archer encerra a saga com afogamentos, enforcamentos e inevitáveis ajustes de contas, dedicando a Harry Clifton, o tipo mais cool da saga, um dos melhores epitáfios que se poderá ter numa lápide: Este foi um homem.
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