“Há sempre para onde fugir”. Chegados a “Espada de Vidro” (Saída de Emergência, 2017), o segundo capítulo da saga Rainha Vermelha, encontramo-nos já em modo de fuga. Mare, uma adolescente que até há pouco tempo não passava de uma anónima e esmerada carteirista, é agora uma temida e perseguida mestiça, juntando ao sangue vermelho o poder prateado, consciente da sua transformação: “Eu sou a miúda-relâmpago – electricidade viva, relampejante raio em forma humana”.
Após a coroa a ter acusado de ser uma farsa, de o Príncipe Maven a ter apunhalado – metaforicamente – pelas costas e de a sua cabeça passar a estar premiada – assim como a de Cal, o príncipe acusado de ter morto o pai -, Mare acaba por descobrir algo incrível: não é a única da sua espécie. Mare irá assim juntar-se à guerrilha e partir em busca destes mutantes anónimos, tentando chegar primeiro do que a Coroa e os seus mercenários. Afinal, foi a própria Mare a passar para as mãos de Maven uma lista de nomes e possíveis localizações, o que faz desta uma caça ao tesouro onde a vida de cada mutante está dependente de quem chega primeiro.
O plano de Mare e cª – Cal incluído -, que por esta altura são “como ratos à espera que os falcões nos arrebatem do solo”, é formar “um exército de sanguenovos”, que possa enfrentar a Coroa e transformar o mundo. Neste segundo livro, que avança sob o lema “toda a gente pode trair toda a gente”, conhecemos mais algumas das cartas que a Guarda Escarlate tem nas mãos, viajamos a bordo de um misterioso subtrem e deslumbramo-nos com uma Cidade Secreta, ao mesmo tempo que seguimos a linha sentimental de Mare, dividida entre o amigo de uma vida e um príncipe caído em desgraça. Os próximos capítulos estão disponíveis em “A Jaula do Rei”.
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