Costuma dizer-se, nos corredores dos hospitais ou nas antecâmaras termais, que o descanso é bom – talvez o melhor – conselheiro. O mesmo se pode dizer do quarteto fantástico que compõe Demon Slayer. Enquanto recuperam na mansão de Shinobu, Tanjirou, Zenitsu, Inosuke e Nezuko descobrem p tempo e a energia para aprender uma nova e poderosa técnica: Concentração Total.
Em “Combate Enclausurado” (Devir, 2022), sétimo volume deste mangá, Zenitsu mostra o seu espanto perante a ignorância dos companheiros na presença de um comboio a vapor: “São mesmo campónios”. Transporte que dá pelo nome de Comboio Infinito, e que esconde muito mais do que aquilo que aparenta.
Um volume onde o Primeiro Kagen, um dos Doze Demónios da Lua, apresenta uma visão pouco abonatória sobre o que é isso de ser humano: “Pois o coração é igual em todos os humanos. Fraco e frágil, tal como vidro”. Por falar em vidro, vai ser na área do inconsciente, partilhando estranhos sonhos, que o nosso quarteto se lançará na missão de encontrar e destruir uma série de fragmentos feitos de vidro – e, não menos importante, fintar a morte.
Num volume que reserva um combate épico em cima de uma carruagem, bem ao estilo de um Missão Impossível rodado no Japão, há pelo caminho vários mexericos e curiosidades, como esta: “A Nezuko quando luta usa apenas as unhas e não o seu sangue, porque fica com sono se perder muito sangue”. Ou, a rematar, uma história extra sobre Kanao, uma rapariga que deixa entregue a uma moeda, e não ao coração ou ao instinto, cada uma das suas decisões. Um livro com o humor habitual da série, a que não faltam algumas surpresas.
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